Concluindo, embora seja mais relacionado com a execução de aplicativos 2D e programas de escritório, o Wine possui também uma implementação funcional do Direct3D, que permite rodar muitos jogos 3D, incluindo o World of Warcraft, Call of Duty 4, Counter-Strike e uma longa lista de outros títulos.
World of Warcraft, rodando sobre o Wine
Para rodar os jogos 3D no Linux, a melhor opção é utilizar uma placa relativamente recente da nVidia. Alguns jogos rodam no Linux sem uma grande perda de desempenho, mas na maioria você tem uma perda de 20 a 40% no FPS, que precisa ser compensada com a desativação de alguns efeitos visuais ou por um pouco mais de força bruta na potência da placa de vídeo e do processador.
As placas da ATI não são muito indicadas, devido aos intermináveis problemas com os drivers e ao baixo desempenho das versões do Catalyst para o Linux em relação ao das versões Windows. Os chipsets da Intel são bem suportados (em quase todas as distribuições atuais, o suporte a 3D é configurado automaticamente, graças aos drivers open-source incluídos no X.org), mas como o desempenho dos chipsets integrados é relativamente baixo, eles acabam servindo apenas para rodar os jogos mais simples.
Uma observação importante é que o Wine não inclui suporte aos sistemas anti-cópia usados em muitos jogos, por isso muitos títulos (instalados a partir dos CDs originais) se recusam a rodar depois de instalados, reclamando que não foi possível encontrar a mídia, ou que o CD não é autêntico. Nesses casos, é necessário baixar um “no-cd patch” (ou seja, um crack para que o jogo deixe de verificar o CD) e também instalá-lo dentro do Wine. Um exemplo de site especializado em patches e modificações é o http://www.megagames.com/.
Outra dica é que, em muitos casos, você elimina a necessidade de instalar o patch simplesmente montando o CD-ROM com a opção “-o unhide”, que faz com que o sistema exiba os arquivos ocultos usados por muitos sistemas anti-cópia, fazendo com que eles passem a funcionar dentro do Wine. Para isso, basta desmontar o CD-ROM e montá-lo manualmente incluindo a opção, como em:
# mount -o unhide /dev/cdrom /media/cdrom
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