Os componentes básicos

O Unity é baseado no uso de uma barra superior, que serve simultaneamente como área de notificação, barra de título e barra de menu para a janela ativa. Isso economiza espaço vertical da tela, combinando três barras separadas em apenas uma. Por enquanto (até o 12.04) não existe uma forma de configurar a posição dos botões, que ficam permanentemente do lado esquerdo:

Do lado direito da barra temos múltiplos indicadores, que assumem a função dos desktop applets. Cada um deles é um pequeno aplicativo com um pacote correspondente, começado com “indicator”. Você pode instalar novos indicadores, bem como remover alguns dos existentes instalando ou desinstalando destes pacotes.

Para remover o indicador das mensagens, por exemplo, você removeria o pacote “indicator-messages”. Pra adicionar um indicador de previsão do tempo, instalaria o “indicator-weather”. Existem vários outros indicadores disponíveis, que você pode checar escrevendo “sudo apt-get install indicator-” no terminal e pressionando a tecla TAB duas vezes para ver a lista das opções disponíveis. Existem também indicadores de terceiros instaláveis através de repositórios adicionais. Você encontra uma longa lista de outros indicadores disponíveis no http://askubuntu.com/questions/30334/what-application-indicators-are-available.

A barra lateral, batizada de Launcher faz o papel de menu iniciar e barra de tarefas. Novamente, a ênfase foi colocada em maximizar o espaço vertical da tela, daí a disposição vertical. Apesar disso, a ideia do Launcher não é muito diferente da usada na barra de tarefas do Windows 7: Manter atalhos para os aplicativos mais usados à vista, para que você possa inicializá-los rapidamente.

Os ícones bloqueados no Launcher continuam visíveis mesmo que o aplicativo em questão esteja fechado. Naturalmente, a barra também mostra outros aplicativos abertos e, ao abrir várias janelas do mesmo aplicativo (você pode abrir uma nova janela em vez de selecionar a que já está aberta clicando no ícone com o botão central do mouse), clicar sobre o ícone correspondente abre um menu estilo Exposé, com todas as janelas abertas:

Você pode fixar novos ícones na barra ou desfixar os existentes clicando com o botão direito e usando a opção “Bloquear no Lançador” ou “Desbloquear no Lançador”, bem como arrastar os ícones para alterar a ordem. Você pode também remover ícones arrastando-os para a lixeira.

Em seguida temos o Dash, que tenta oferecer uma opção mais moderna ao velho menu iniciar, combinando a exibição de aplicativos e arquivos com opções de pesquisa. Ele é baseado no uso de “lentes”, que nada mais são do que os diferentes menus de funções dentro do Dash. Além das lentes disponíveis por padrão, ele permite a adição de novas lentes com funções diretas, instaladas através de pacotes, como no caso das notificações.

 Além do gerenciamento normal, que é feito pelo próprio sistema conforme os pacotes são instalados e removidos, é possível também adicionar ícones com comandos personalizados ao dash, mas isso envolver editar diretamente os arquivos. Acesse a pasta “.local/share/applications/” dentro do seu diretório home e crie um arquivo com a extensão .desktop, como em:

$ gedt .local/share/applications/sensores.desktop

Dentro do arquivo, siga este modelo:

[Desktop Entry]
Name=Sensores
Exec=watch sensores.sh
Icon=gnome-terminal
Terminal=true
Type=Application
StartupNotify=true

Neste exemplo, criei um ícone para lançar um shell script dentro de um terminal. As linhas importantes são o nome (Name), o comando a executar (Exec), ícone (Icon) e a “Terminal”, que deve ficar com o valor “false” para aplicativos gráficos em geral e “true” no caso de scripts e comandos que forem ser executados dentro do terminal. No exemplo, é criado um ícone chamado “Sensores”, que abre uma janela de terminal executando um pequeno script que criei para mostrar as temperaturas e outros dados dos sensores do sistema.  

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