Fui infectado! E agora?

Esses dias entrou um malware no computador de uma amiga, daqueles que ficam enviando mensagens pelo MSN. Eles detectam a janela de conversa aberta e enviam comandos à mesma, fazendo com que um texto seja enviado para a pessoa com a qual a outra esteja conversando – como se tivesse sido digitada pela pessoa. Minha amiga estava com o nickTá enviando vírus, não clique!“. E logo que abríamos a conversa normalmente vinham lá alguns dizeres “Olha as fotos que eu tirei com fulano, veja aqui…” seguido de um endereço de um site suspeito. Claro, clicando, mais uma pessoa seria infectada. Além disso, vai saber o que esse programinha não fazia nos bastidores. Hoje em dia roubar dados é a principal idéia dos malwares: senhas, contatos, tudo o que foi digitado. Foi-se o tempo em que vírus destruía para se exibir.

Numa seção de “exorcismo” virtual, ajudei essa amiga pelo MSN mesmo, de uma forma simples. Ela estava passando desesperada o AVG e um antispyware, e nada de eles detectarem a praga. Então lá fui eu. Pedi para ela abrir o gerenciador de tarefas do Windows na aba “Processos“, e me enviar uma imagem da tela. Com base nisso eu chutaria alguns processos e mandaria ela fechar. E isso foi feito. O malware foi fechado. A segunda parte foi um pouco mais complicada para ela, mas nada tão doloroso: abrir o MSConfig e desativar a inicialização do maldito (eu procuraria diretamente no registro, mas ela iria se perder). Depois de reiniciado o PC, esse pelo menos já era. AVG 0 x 1 Eu!

Os malwares são programas como outros quaisquer. Na grande maioria das vezes, são programas que se configuram para iniciar junto com o Windows. E ficam fazendo sua ação. Seja enviar spam (usando o seu IP e a sua banda!), usar seu computador como servidor de um software P2P qualquer ou tentar capturar suas senhas.

Esses quase sempre podem ser removidos manualmente, usando programas simples de monitoramento. A idéia é: eles estão abertos, vamos fechá-los! E se eles se configuram para serem iniciados junto com o computador, vamos remover essa configuração. Alguns casos mais graves podem ocorrer, onde os vírus mais “poderosos” se infiltram dentro de arquivos do sistema, corrompendo-os. Aí a coisa complica, seria tarefa mais para um antivírus (agora sim, automatizada) mas normalmente dá para restaurar arquivos do sistema, caso os arquivos infectados sejam os nativos do Windows. Bem, vamos por partes…

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