Clock da GPU

Em um PC para jogos, a placa 3D é o componente mais importante. Como placas 3D de bom desempenho não são um item barato, você acaba gastando bem mais na placa 3D do que no processador. Em muitos casos, a placa pode ser mais cara que todo o resto do
micro, por isso é importante saber investir o seu dinheiro. Vamos começar com um resumo das principais características das placas atuais, começando pela questão do clock da GPU.

Assim como no caso dos processadores, aumentar o clock da GPU resulta em um ganho proporcional no poder bruto de processamento da placa, já que mais vértices, pixels, texturas e efeitos podem ser processados do mesmo espaço de tempo. Entretanto (assim
como nos processadores) o desempenho de diferentes placas pode ser brutalmente diferente, mesmo que elas operem à mesma freqüência, devido a diferenças na arquitetura (sobretudo no número de unidades de processamento e no barramento com a memória).

Por exemplo, o chipset GMA 950 (onboard) usado em placas com chipset Intel, que é o low-end entre os chipsets low-end opera a 400 MHz, enquanto a GPU da GeForce 8800 GTS, que está próxima do topo da pirâmide, opera a 500 MHz, apenas 100 MHz a mais.
Este é um exemplo extremo de como o desempenho de duas placas de clock similar pode ser brutalmente diferente.

Nas placas recentes, é comum que alguns componentes internos operem a uma freqüência maior que o restante da GPU, de forma a melhorar o desempenho. Na GeForce 8800 GTS do exemplo anterior, as unidades de processamento operam a 1.2 GHz, mais do dobro do
restante da GPU. Isso torna ainda mais difícil comparar diretamente o desempenho de duas placas diferentes.

O clock da GPU pode ser ajustado via software (assim como o clock da memória), usando utilitários como o ATI Tray Tools, o RivaTuner ou o ATITool. Em muitos casos, os próprios fabricantes podem alterar o clock do chipset, de
forma que suas placas sejam um pouco mais rápidas que concorrentes baseadas no mesmo chipset. O maior problema é que as placas de vídeo normalmente trabalham muito próximo do limite, de forma que você raramente obtém overclocks de 20% ou mais, como é
comum nos processadores. Em muitas placas, um overclock de 5% já é suficiente para desestabilizar o equipamento.

Ao contrário dos processadores, as GPUs são baseadas em unidades de processamento com poucos estágios de pipeline e são pesadamente limitadas ao desempenho da memória (embora as GPUs mais recentes incluam pequenas
quantidades de cache, ele não funciona de forma tão efetiva quanto em um processador, devido à natureza dos dados processados), por isso acabam operando a freqüências muito mais baixas, mesmo quando produzidas usando uma técnica similar de fabricação
(comparado aos processadores).

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