Com o lançamento do Pentium II, a Intel abandonou a fabricação do Pentium MMX, passando a vender apenas processadores Pentium II que eram muito mais caros. O problema com essa estratégia foi que a Intel passou a perder terreno rapidamente no mercado de PCs de baixo custo, principalmente para o K6-2.
Para preencher a lacuna, a Intel lançou o Celeron, que inicialmente era uma simples versão castrada do Pentium II, sem os chips de cache e o invólucro plástico. O Celeron original era muito lento, pois não possuía cache L2 algum, contando apenas com os 32 KB de cache L1. Não é preciso dizer que o desempenho era muito fraco, em média 40% inferior ao de um Pentium II do mesmo clock. De fato, o Celeron perdia também para o K6-2 e até mesmo para processadores mais antigos.
Essa primeira safra foi rapidamente substituída pelo Celeron Mendocino, que trouxe um cache L2 de 128 KB on-die (incorporado diretamente ao processador) e full-speed (operando à mesma frequência que ele), o que resolveu o problema da performance.
O Mendocino foi produzido em versões de 300 a 533 MHz, sempre utilizando barramento de 66 MHz. Além de possírem um desempenho próximo ao de um Pentium II do mesmo clock (o cache do Pentium II é maior, porém mais lento), as versões de 300, 333 e 366 MHz permitiam overclocks de 50%, atingindo respectivamente 450, 500 e 550 MHz com boa estabilidade. Não poderia ser mais simples: bastava investir num cooler de boa qualidade e instalar o Celeron Mendocino em uma placa-mãe configurada para operar a 100 MHz.
O Celeron Mendocino foi também o primeiro processador a utilizar o soquete 370, que mais tarde seria utilizado pelo Pentium III Coppermine e demais processadores da família. Foram produzidos também adaptadores, que permitiam usar processadores soquete 370 em placas slot 1 compatíveis:
Celeron Mendocino instalado em uma placa slot 1 usando o adaptador
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