A barra lateral pode ser bonita, exibir gadgets úteis ou bonitinhos (como relógio de ponteiros, caderneta para anotações, leitura de feeds RSS de sites, uso de memória e processador, etc), mas consome memória e recursos de processador. Os gadgets são no fundo programas, que quanto mais você tiver, e quanto maior a complexidade deles, mais recursos da máquina estarão sendo “desperdiçados”. Até porque, quando você usa um programa maximizado, ele fica em primeiro plano, ocupando a tela toda. Mas enquanto isso, os gadgets continuam executando. Claro que em muitos micros não faz muita diferença, mas isso atrasa o tempo para alternar entre os programas abertos, e reduz o desempenho com programas pesados, como jogos. Além de utilizar memória como um programa qualquer, e recursos do processador, a barra lateral usa também recursos da placa de vídeo, dada sua suavidade e transparência. Em jogos, isso faz muita diferença. Para desativá-la, abra as propriedades dela, o que pode ser feito clicando com o botão direito nela; ou digitando “propriedades da barra lateral” no campo de busca do menu Iniciar. Certifique-se então de deixar desmarcado o item “Iniciar barra lateral quando o Windows for iniciado”:
Uma coisa que consome não tanto recursos, mas espaço no HD: a restauração do sistema. Apesar de ser útil em várias situações, por restaurar o registro do Windows a uma data anterior (eliminando problemas por configurações incorretas, ou por alguns tipos de malwares e vírus), usuários avançados normalmente optam por desativá-la, por não precisar dela. Para desativá-la, é praticamente a mesma coisa do XP também. Nas propriedades do “Computador”, clique em “Configurações avançadas do sistema” (como comentado mais acima), e na aba “Proteção do sistema”, desmarque as unidades em que você não quer que a proteção atue (pode ser todas, para melhorar o desempenho):
Tenha em mente que ao fazer isso, você desativará também o recurso de cópia de sombra de arquivos, nomeado amigavelmente como “Versões anteriores”, no Vista. Trata-se de um recurso herdado das versões de servidor do Windows (como o Server 2003), presente nas edições mais avançadas do Vista (Business, Ultimate e Enterprise). Diferentemente do backup comum, esse recurso permite recuperar “versões anteriores” dos arquivos gravadas em pontos de restauração anteriores. Claro que consome um bocado de espaço em disco, mas acaba sendo útil em várias situações, especialmente em empresas.
Dica: aproveitando, para restaurar as versões anteriores dos arquivos (quando disponíveis), basta ir para a aba “Versões anteriores” nas propriedades do arquivo. Não haverão versões anteriores caso o arquivo não tenha sido modificado recentemente, ou se a proteção do sistema (criação dos pontos de restauração) estiver desativada, como comentado acima.
Quanto aos serviços… Mesmo e conhecido caminho: abra o “services.msc”, pelo Executar, ou então pelo ícone, nas ferramentas administrativas do painel de controle. Se você não encontrar o item Executar, o que é padrão no Vista, pode digitar no campo de busca do Iniciar, e teclar enter (ou teclar Win+R para abrir a janela Executar, ou ainda, ativar a exibição do item Executar no menu Iniciar, através das propriedades do menu Iniciar).
Ele tem vários serviços a mais do que o Windows XP. Mas não saia desativando tudo. Desativar alguns serviços sem saber o que eles fazem, poderá tornar a inicialização do Windows mais lenta (como ocorria no XP ao desativar alguns serviços essenciais), ou tornar indisponível algum recurso que você usa, dada alguma dependência entre os serviços. Vale a pena ler a descrição e as dependências dos serviços, e concluir você mesmo se pode desativá-lo ou não, caso tenha certeza. Na via das dúvidas, é melhor não mexer.
Para configurar a inicialização dos serviços, dê um duplo clique nele (na janela do services.msc), e no campo “Tipo de incialização”, escolha o modo desativado (nunca executar), automático (sempre iniciar com o Windows) ou manual (para usuários avançados, iniciar só quando quiserem…).
Particularmente, quando eu usava o Windows XP ou por um tempo que estive com o Vista com 512 MB, eu desativava alguns serviços como spooler de impressão (deixando manual, e iniciando-o só quando fosse imprimir alguma coisa), registro remoto, restauração do sistema, agendador de tarefas e alguns outros. Hoje, com 1,5 GB de RAM não desativo nada, pois logo ao iniciar o PC fica cerca de 1 GB de memória RAM física livre, então nem se torna tão necessário. A maioria dos serviços ocupa um pouco de memória RAM (alguns poucos kbytes, quase sempre movidos para o arquivo de paginação por inatividade, e raramente chegam a ocupar a mais de 1 MB quando ociosos), mas não tanto processamento, pois são executados apenas em algumas situações específicas (como ao gravar CD/DVD usando o recurso de gravação embutido com o Windows; ao fazer download e instalação das atualizações automáticas; ao usar algum instalador que use o Windows Installer; ao conectar um dispositivo externo, como uma câmera ou pen drive; e por aí vai, cada serviço com a sua função).
Fora isso tudo, não há mais “muito” o que desativar no Vista depois de instalado. Ele deverá rodar relativamente bem com 512 MB, desde que você não use muitos programas ao mesmo tempo ou programas pesados. Outras dicas de otimização ou alteração de chaves específicas do registro não farão muita diferença, uma vez que o padrão mínimo do Vista foi jogado para 512 MB de RAM. Não tem nem comparação com o Windows XP, que algumas pessoas chegavam a rodar com menos de 128 MB (compartilhando 32 MB com a placa de vídeo on-board, ficando com 96 MB de RAM). Nesses casos extremos, tanto o sistema como um simples programinha aberto ficavam muito limitados, usando o HD como memória, resultando em excessiva lentidão – e convenhamos, desgastes prematuros para o HD, com sucessivas operações de escrita e leitura.
Falando em “sucessivas operações de escrita e leitura”, um recurso do Vista que pretende otimizar o sistema é o ReadyBoost, que permite usar um pen drive como cache de disco. O resultado disso é muito discutido, alguns afirmam que melhora o desempenho, outros dizem que não sentem diferença alguma e alguns ainda comentam que o PC fica mais lento. Na verdade vai depender de um conjunto de fatores: da quantidade de memória RAM física livre, da velocidade do HD, e da velociade de gravação e leitura do pen drive. Muitos pen drives populares têm baixa velocidade de gravação, o que os tornam inviáveis para atuar como intermediários entre a memória RAM e o tradicional arquivo de paginação no HD. Pode fazer alguma diferença com arquivos pequenos, e é para isso que o Windows mais usa, afinal (apesar da velocidade lenta) a memória flash, usada nos pen drives, possui um tempo de acesso bem mais rápido do que os HDs, visto que não têm partes físicas que precisam se mover para acessar a área dos dados, usando apenas a eletricidade percorrendo um chip (versus a rotação dos discos e a cabeça de leitura e gravação dos HDs, que mais lembra uma vitrola). Todavia, não é recomendável ativar o ReadyBoost em um pen drive que você use no dia-a-dia ou que dependa dele, pois o uso dele como memória temporária diminuirá consideravelmente o tempo de vida útil. Gravar dados na memória é uma atividade contínua, com várias gravações e leituras conforme se usa o computador, diferentemente de gravar ou ler alguma coisa apenas quando você vai trabalhar com arquivos armazenados no pen drive. Como a memória flash tem uma quantidade limitada de operações de escrita e leitura, o desgaste será maior e mais cedo.
Algumas outras opções ou recursos a serem desativados podem fazer pouca diferença, mas talvez valha a pena. No painel de controle, item “Arquivos Off Line”, clique em “Desabilitar arquivos off line”. Esse recurso copia arquivos da rede caso sejam editados ou modificados, tornando-os disponíveis mesmo quando a rede cair – e serão sincronizados automaticamente ou manualmente depois. A grande esmagadora maioria dos usuários domésticos nem precisam se preocupar com isso, afinal mantém o PC sozinho, sem compartilhar arquivos com outros micros. Um mínimo de recursos do sistema será usado, mas pode ocupar espaço em disco – nas propriedades dos arquivos off line, você pode alterar também o tamanho do cache, diminuindo-o para deixar mais espaço livre no HD.
A reprodução automática de CDs/DVDs pode ser boa para alguns, e ruim para outros. Caso queira desativá-la, no Vista ficou bem mais fácil, no item “Reprodução automática” do painel de controle. Você pode escolher o programa a ser usado para reproduzir o conteúdo (entre os listados), ou então desativar a reprodução automática para cada tipo de mídia:
Você pode também desmarcar o item “Usar Reprodução Automática em todas as mídias e dispositivos”, para desativar globalmente a auto execução das mídias.
Dica: caso não consiga localizar estes itens nas diversas categorias do painel de controle, altere temporariamente para o modo de exibição clássico do painel, clicando no respectivo link na barra esquerda da jenela do painel.
E só para lembrar… Vários tweaks que valem para Windows XP, continuam valendo para o Vista, quase sempre com pouca ou nenhuma alteração.
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