Embora pequenos em relação aos cartões CompactFlash e SmartMedia, os cartões SD ainda são grandes demais para algumas aplicações, sobretudo para uso em celulares e nas câmeras mais compactas. Para solucionar o problema foram criados dois formatos miniaturizados, o miniSD e o microSD, que são menores e mais finos.
O miniSD mede 2.15 x 2.0 cm, com apenas 1.4 mm de espessura, enquanto o microSD mede apenas 1.5 x 1.1 cm, com apenas 1 mm de espessura, o que fez com que ele se tornasse rapidamente o formato mais usado, substituindo todos os anteriores.
Além da miniaturização, outro segredo para a popularização do microSD é o custo. Os cartões são produzidos diretamente em torno dos chips de memória, sem o uso de nenhum circuito adicional. O controlador é incluído diretamente dentro do chip e os contatos do cartão são ligados diretamente em contatos do chip de memória, que é então acessado diretamente pelo dispositivo no qual ele é encaixado. Você pode pensar nos cartões microSD como chips de memória flash avulsos, que você pode usar onde quiser.
Em comparação, em um pendrive é necessário incluir também um chip controlador (que faz a interface entre o chip de memória e o controlador USB), além da placa de circuito, o cristal de clock e outros componentes, um conjunto que acaba saindo mais caro:
A capacidade é a mesma, mas o pendrive usa um volume muito maior de componentes
Como toda nova tecnologia, os cartões microSD eram inicialmente mais caros, já que poucos os fabricantes os produziam. Entretanto, conforme o volume de produção foi crescendo, os preços foram caindo vertiginosamente. Cartões de 8 GB que custavam (preços do exterior) mais US$ 100 no início de 2008 caíram para US$ 30 no início de 2009 e em seguida para US$ 15 (ou até menos) no início de 2010 (pesquise em lojas como a dealextreme.com), preços bem mais baixos que pendrives da mesma capacidade.
Na maioria dos casos, o cartão acompanha um adaptador SD. Como os dois padrões são compatíveis eletricamente, o adaptador é apenas um dispositivo passivo, muito barato de se produzir. Existem também adaptadores para mini-SD e Memory Stick Duo, sem falar nos leitores USB, que transformam o cartão microSD em um mini-pendrive:
Você pode se perguntar como é possível que os cartões microSD sejam tão compactos, já que qualquer cartão SD precisa de pelo menos dois chips (o chip de memória e o controlador) e num cartão microSD mal temos espaço para um. A resposta está no die-stacking, tecnologia que comentei há pouco. Num cartão microSD temos um ou mais chips de memória e o próprio controlador “empilhados”, formando um único encapsulamento. Ele é instalado pelo fabricante numa placa de circuito que contém os contatos externos e em seguida selado dentro da cobertura externa. O mesmo se aplica aos cartões Memory Stick Micro, que possuem dimensões similares.
Não existe como desmontar um microSD e, mesmo que você quebre um no meio, não vai conseguir diferenciar os chips, pois eles são produzidos usando wafers muito finos (até 0.025 mm de espessura nos mais recentes) e juntados de forma muito precisa.
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