Também está disponível o DrakWizard, que inclui um conjunto de assistentes para configuração de servidores, que cuidam da configuração básica de servidores DHCP, DNS, Proxy (com o Squid), FTP, SSH e Apache.
Os wizards oferecem uma opção simples para instalar os pacotes e fazer uma configuração básica de cada serviço, o suficiente para colocá-los no ar, sem muita customização. A partir daí, você pode personalizar a configuração editando diretamente os arquivos de configuração, como pode ver em mais detalhes no livro Servidores Linux, Guia Prático (https://www.hardware.com.br/livros/servidores-linux/).
Os assistentes não são instalados por default. Para ter acesso a eles, você precisa instalar o pacote “drakwizard”, que pode ser instalado através do próprio Control Center, ou através do comando:
Com ele instalado, abra novamente o mcc e você notará o aparecimento de duas novas abas:
A primeira (Serviços de Rede), agrupa os wizards destinados a servidores de rede local, com os assistentes para ativar o servidor DHCP, Squid (opção “Configurar proxy), DNS, SSH e também um servidor NTP (opção “Configurar hora”). Eles são projetados para serem fáceis de usar, detectando parte das configurações automaticamente e perguntando sobre as demais informações:
A aba “Compartilhamento” inclui os assistentes para ativar servidores web (com o Apache) e FTP, de forma a hospedar sites ou compartilhar arquivos com a Internet. Naturalmente, nada impede que você use um servidor FTP para compartilhar arquivos dentro da rede, ou que use um servidor web para hospedar alguma página interna, mas o mais comum é que estes serviços sejam usados em um servidor de Internet, daí a separação:
Outro utilitário interessante, que não aparece na lista, é o DrakTermServ, que automatiza a instalação do LTSP, permitindo criar rapidamente uma rede de terminais leves. Para usá-lo, o primeiro passo é instalar o pacote “terminal-server2”:
Ele instalará um grande número de pacotes necessários para inicializar os clientes, incluindo o dhcp-server, tftp-server e o etherboot. Depois de instalado, execute o wizard como root para concluir a configuração:
O boot nos clientes pode ser feito diretamente através da placa de rede onboard (basta configurar as máquinas para darem boot via rede no setup) ou através de um disquete de boot, que pode ser gravado usando o próprio drakTermServ. Tudo é feito via rede, de forma que os clientes não precisam de HD nem de CD-ROM.
A principal diferença entre o drakTermServ e o LTSP 4, é que o LTSP utiliza um sistema de arquivos separado, instalado dentro da pasta “/opt” (uma espécie de mini-distribuição que é carregada pelos clientes durante o boot), enquanto o drakTermServ utiliza o próprio sistema de arquivos do servidor, já tirando proveito das mudanças introduzidas no LTSP 5.
Além da tradicional configuração com terminais leves, onde os clientes rodam todos os aplicativos a partir do servidor, o drakTermServ permite também criar terminais “gordos”, que executam os aplicativos localmente, reduzindo a carga sobre o servidor.
A principal observação é que o drakTermServ é um pacote um pouco problemático, com as versões nem sempre acompanhando as atualizações do Mandriva. Se não tiver sorte com ele, você pode dispensar o intermediário e instalar o servidor LTSP diretamente, seguindo as instruções do http://ltsp.org/. Você encontra também um capítulo detalhado sobre o LTSP no livro Servidores Linux, Guia Prático (https://www.hardware.com.br/livros/servidores-linux/).
Uma última dica sobre o Mandriva Control Center é que quando você o abre via terminal, chamando o comando “mcc” como root, todas as mensagens e erros gerados durante a execução são mostradas no terminal, permitindo que você entenda melhor o que está acontecendo e diagnostique eventuais problemas.
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