Particionamento

Depois de confirmar a escolha da linguagem e aceitar o contrato de licença (que contém basicamente os mesmos termos da licença GPL) e, se for o caso, ter a opção de fazer uma nova instalação, ou atualizar uma instalação anterior, você chega ao particionamento, feito através do DiskDrake.

Ele começa com a tela básica de seleção, onde você pode usar uma das opções de particionamento automático, ou usar a opção “Personalizar particionamento” para ter acesso ao DiskDrake e poder definir as partições diretamente.

Entre as opções automáticas, você pode deixar que o utilitário redimensione uma partição Windows já existente, usando o espaço livre para instalar o Mandriva (“Usar espaço livre na partição Windows”); pode utilizar uma partição Linux previamente criada (“Usar partição existente”); pode usar o espaço não particionado do disco (opção “Usar espaço livre”); ou, pode simplesmente apagar tudo o que estiver gravado e partir para uma instalação limpa (“Apagar e usar o disco inteiro”), removendo todos os dados do HD:

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Em qualquer um dos casos, o instalador cria um particionamento clássico, com três partições: uma partição raiz (/) para a instalação do sistema, uma partição swap e e uma partição maior reservada ao diretório home.

Se você pretende reparticionar a partição Windows, existem dois cuidados para que tudo saia bem. Em primeiro lugar, o óbvio: certificar-se que existe espaço em disco suficiente. Outro cuidado importante é desfragmentar o disco através do Windows antes de iniciar a instalação. O DiskDrake não é capaz de mover arquivos dentro de partições NTFS, por isso ele só consegue redimensionar partições que foram previamente desfragmentadas através do Windows.

A interface do particionador é muito similar à do Gparted e de outros particionadores atuais, sem surpresas:

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No topo da tela temos a lista dos sistemas de arquivos suportados: “EXT3”, “XFS”, “Swap”, “Windows” (partições FAT ou NTFS) além de “Outra” (outro sistema de arquivos não reconhecido) e “Vazia” (espaço não particionado). Caso tenha mais de um HD instalado, você verá várias abas, que permitem alternar entre eles.

Para alterar uma partição, basta clicar sobre ela e usar a opção “Redimensionar”, que redimensiona sem perda de dados. A opção “Deletar” permite apagar partições a fim de criar outras usando o espaço livre, enquanto a opção “Formatar” formata uma partição já criada.

Não é preciso formatar as partições manualmente, pois, ao terminar o particionamento (clicando em “Pronto”), o assistente se oferecerá para formatar as partições criadas. Uma dica importante é que as alterações só são salvas no disco ao clicar no “pronto”. Caso você faça alguma besteira, basta cancelar ou dar um reset no micro para começar de novo.

A partição raiz (/) é sempre obrigatória, já que é onde o sistema será instalado. Embora uma instalação básica do Mandriva ocupe pouco mais de 2 GB, é recomendável usar uma partição de sistema de pelo menos 6 GB, já que você vai precisar de espaço para instalar programas adicionais e salvar arquivos.

O espaço ocupado pelo sistema tende a crescer bastante conforme você vai testando programas adicionais e os arquivos de log e cache vão se acumulando. Se espaço não for problema, reservar 12 ou 15 GB é uma boa garantia contra falta de espaço no futuro. Ao usar a versão de 64 bits, você precisará de um pouco mais de espaço, por causa da duplicação de algumas bibliotecas, necessárias para manter compatibilidade com binários de 32 bits.

Se você pode abrir mão de mais alguns GB de espaço, é interessante criar uma partição adicional, reservada para instalar outra distribuição, ou mesmo uma instalação do Windows em dual-boot no futuro, mantendo a possibilidade de testar outros sistemas sem precisar mexer no particionamento.

Em seguida, temos a partição swap, que não é realmente obrigatória, mas é fortemente recomendável, mesmo em máquinas atuais. Em uma máquina com 1 GB de RAM ou mais, a memória swap não é muito usada, mas ela serve como uma garantia de que os aplicativos não começarão a travar por falta de memória ao executar alguma tarefa mais intensa.

Caso você utilize o recurso de hibernação (onde o conteúdo da memória RAM é salvo no HD e ao ligar o PC novamente ele volta ao ponto em que parou), a memória swap é usada (por default) para salvar o conteúdo da memória, de forma que a partição deve ser um pouco maior.

Na maioria dos casos, uma partição swap de 2 GB é mais do que suficiente. Caso você use a hibernação, é recomendável reservar os 2 GB mais a quantidade de memória RAM (ou seja, 3 GB no total em um PC com 1 GB de memória RAM, por exemplo). Algumas tarefas, como edição de vídeos, renderização 3D ou compilação de aplicativos complexos podem resultar no uso de mais swap, mas estes são casos específicos.

Em um micro desktop, a principal partição é a partição home. Ela acaba armazenando a maior parte dos arquivos, por isso você pode criá-la usando todo o restante do espaço disponível. A ideia é que, ao reinstalar o sistema ou mudar para outra distribuição, você formate apenas a partição raiz, preservando os arquivos da partição home.

Ao criar uma nova partição você deve indicar o tamanho, o sistema de arquivos (o EXT3 é a recomendação geral, com o novo EXT4 servindo como opção para quem quer um sistema de arquivos mais atual, porém menos testado) e o diretório onde ela será montada:

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Se você estiver usando mais partições, aproveite para definir pontos de montagem para elas, de forma que você possa acessar os arquivos depois de concluída a instalação. Clicando no “Mudar para o modo expert”, você tem acesso às demais opções, como redimensionar partições sem perder os dados, alterar o sistema de arquivos usado (tipo), formatar partições, alterar pontos de montagem ou alterar opções referentes ao sistema de arquivos:

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O DiskDrake apenas altera a tabela de partições. A formatação é feita na etapa seguinte, onde você deve prestar atenção para formatar apenas a partição do sistema e outras partições recém criadas, desmarcando outras partições com dados, especialmente a partição home.

Clicando no “Avançado”, você tem a opção de verificar blocos defeituosos na partição, o que faz com que o formatador realize um demorado exame de superfície, marcando qualquer eventual badblock que encontrar. Esta opção raramente é necessária em HDs atuais, pois neles a própria controladora se encarrega de marcar e remapear os badblocks automaticamente, mas pode ser útil ao tentar instalar em algum PC antigo, com um HD baleado:

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Finalizado o particionamento, o instalador se oferece para copiar o conteúdo das mídias de instalação para o HD antes iniciar a instalação propriamente dita. Caso criado, esse cache de pacotes continua disponível depois de instalar, permitindo que você instale pacotes adicionais sem precisar fornecer as mídias. Por outro lado, ele torna a instalação mais demorada (já que é necessário copiar o conteúdo de todos os CDs, ou todo o conteúdo do DVD, incluindo pacotes que não serão instalados) e o cache ocupa quase 4 GB de espaço adicional na partição de instalação.

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Assim como qualquer outra distribuição atual, o Mandriva é baseado em repositórios de pacotes. Além dos CDs ou do DVD de instalação, é possível especificar repositórios adicionais durante a instalação. Este é um recurso muitas vezes usado para facilitar a criação de instalações personalizadas do sistema, já que você pode criar um compartilhamento de rede com um conjunto de pacotes adicionais, ativá-lo como mídia suplementar e instalar os pacotes diretamente durante a instalação do sistema. Entretanto, na maioria dos casos, você simplesmente usa o “Nenhum” e deixa que o instalador faça uma instalação tradicional.

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