Requisitos mínimos

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Falar em requisitos mínimos é sempre complicado, pois é sempre algo muito relativo. Por exemplo, os requisitos mínimos para rodar o Windows XP, publicados pela Microsoft, falam em um Pentium 233 com 64 MB de RAM (http://www.microsoft.com/windowsxp/home/evaluation/sysreqs.mspx), muito embora o sistema fique extremamente lento e instável nesta configuração. Segundo eles, você só precisaria de um 386 com 4 MB de RAM para rodar o Windows 95! 😉

Se fôssemos tomar como parâmetro estas fórmulas da Microsoft, poderia dizer que os requisitos mínimos para rodar o Kurumin seria um Pentium com 32 MB de RAM. Sim, é possível (com um pouco de malabarismo) instalar o sistema nesta configuração e rodar os aplicativos mais leves, porém com um desempenho muito ruim.

Entretanto, se por “requisitos mínimos” você entende que estamos falando de uma configuração em que você possa instalar o sistema sem dificuldades e usar quase todos os seus recursos, então diria que o requisito mínimo é um Pentium II 266 (ou K6-2) com 196 MB de RAM. Você pode também usar micros com 128 MB sem muitos problemas, desde que tenha o cuidado de criar uma partição swap no HD. Ela pode ser criada usando o gparted, disponível no Iniciar > Sistema > Particionamento. Quando disponível, a partição swap é usada mesmo ao rodar o sistema a partir do CD.

Mesmo que você não tenha nenhuma distribuição Linux instalada no HD, é recomendável deixar uma partição swap reservada, mesmo que pequena, pois não apenas o Kurumin, mas também outras distribuições que rodam a partir do CD são capazes de detectar e ativar a partição swap no boot e usá-la automaticamente. Com a partição swap, o desempenho do sistema fica melhor, pois ele pode mover arquivos e bibliotecas que não estão em uso, mantendo mais memória livre para os programas.

Você pode também criar um arquivo de swap “de emergência” usando as opções disponíveis no “Iniciar > Configuração do Sistema > Memória Swap”. A opção para criar o arquivo em uma partição FAT pode ser usada quando você quiser usar uma partição do Windows, disponível no HD (é necessário que a partição esteja formatada em FAT32). Existe também uma opção para usar partições de outras distribuições Linux. Ambas as opções simplesmente criam um arquivo dentro da partição, sem alterar os demais arquivos:
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Caso o micro tenha pouca RAM e ainda por cima não possua uma partição swap disponível, o sistema se oferecerá para usar o arquivo de swap do Windows (se o HD estiver formatado em FAT 32). Esta é uma medida desesperada para permitir que o sistema pelo menos consiga dar boot, mas como o arquivo de swap do Windows oferece um desempenho muito inferior ao de uma partição Linux swap, o desempenho do sistema ficará muito abaixo do normal.

A memória swap (ou memória virtual) é um recurso usado por todos os sistemas operacionais atuais quando não existe memória RAM suficiente. Ele passa a armazenar os dados que não “cabem” na memória em um arquivo ou partição swap criada no HD. É o uso da memória swap que permite que o sistema continue funcionando, mesmo com pouca memória disponível.

Ao rodar a partir do CD, o Kurumin consome mais memória RAM do que ao ser instalado, pois o sistema precisa reservar parte da memória RAM para criar o ramdisk usado para armazenar os arquivos que precisam ser alterados durante o uso. Outro fator importante é que rodando do CD o desempenho do sistema fica em grande parte limitado ao desempenho do drive de CD-ROM, que é sempre muito mais lento que um HD.

Ao dar boot em um micro com 128 MB, o sistema vai exibir uma mensagem de aviso no boot, dizendo que o micro não atende aos requisitos mínimos e avisando que tentará criar um arquivo de swap, usando uma partição disponível no HD. Apesar disso, o boot prossegue, parando apenas em caso de erro ou falta de memória.

Ao ser instalado, o sistema consome em média 60 MB de memória durante o boot. Isso significa que mesmo em um micro com 128 MB você ainda terá mais de 60 MB de memória livre. Com 196 MB de RAM a situação já fica bem mais tranqüila e você consegue rodar até mesmo os aplicativos mais pesados, como o OpenOffice. Evite apenas abrir muitos aplicativos simultaneamente, pois o sistema logo começará a usar memória swap, o que torna tudo muito lento.

A configuração ideal, para alguém que usa vários programas ao mesmo tempo e pretende usar o VMware, seria um Athlon de 1.0 GHz com 512 MB de RAM. Hoje em dia, memória RAM é um item relativamente barato, por isso vale a pena usar 512 MB mesmo em micros relativamente antigos. Tenha em mente que na grande maioria dos aplicativos, uma quantidade generosa de memória RAM é mais importante do que um processador mais rápido.

Tendo 512 MB, você pode tranqüilamente abrir 10 abas no firefox, 3 ou 4 documentos grandes no OpenOffice, ler os e-mails no Thunderbird, assistir um DVD e rodar mais um punhado de aplicativos menores, sem que o sistema use uma quantidade significativa de swap. A partir daí, a configuração ideal varia de acordo com o tipo de aplicativos que quiser usar. Se você gosta de rodar vários sistemas simultaneamente usando o VMware, ou trabalha com modelagem 3D ou edição de vídeo, por exemplo, usar um micro mais parrudo, com um processador dual-core e 1 GB de RAM, traria grandes benefícios.

Veja uma tabela rápida com relação à quantidade de memória RAM instalada:
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