Gerenciadores leves

Depois do KDE e Gnome, todos os demais gerenciadores entram na categoria de peso-leve. Estes gerenciadores ocupam menos de 2 MB de memória, o mais pesado é o Window Maker, que ocupa 4 MB. Comparado com as várias dezenas de megabytes ocupados pelo KDE, eles parecem plumas flutuando no ar 😉

Se você tem 64 MB ou menos, então os gerenciadores leves são o caminho a seguir. Mas, se você tem um PC mais parrudo não faz tanta diferença assim, pois embora o gerenciador carregue mais rápido e consuma menos memória os programas que dependem das bibliotecas do Gnome e, principalmente, os do KDE passarão a demorar mais pra carregar fazendo com que o ganho final não seja tão grande assim.

E você tem um Duron com 256 MB por exemplo, já pode escolher o gerenciador/desktop que lhe agrada mais, sem se preocupar com qual é mais leve ou mais pesado.

IceWM

Este é o gerenciador leve preferido por quem busca um desktop semelhante ao Windows ou ao KDE. O comportamento do IceWM é semelhante ao do Windows 95, com o iniciar, barra de tarefas, etc. Mas pode ser configurado para simular o aspecto de várias interfaces.

Em geral você pode alterar o tema clicando em Iniciar > Temas. Existe por exemplo um tema muito parecido com o Windows XP, o “xp”, enquanto o “liQuid” cria botões e decorações de janela semelhantes à do MacOS X. Outro tema muito usado é o “yamost” que simula o visual do MacOS 9.
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Enfim, existem temas para todos os gostos. Se não aprovar os que acompanham a distribuição você pode baixar novos temas no:

http://themes.freshmeat.net/browse/925/?topic_id=925

O IceWM não possui nenhuma ferramenta própria de configuração. A aparência do gerenciador de janelas deve ser configurada diretamente nos arquivos de configuração, o que é um dos principais obstáculos para usuários iniciantes.

Os arquivos de configuração do IceWM podem ser encontrados em dois lugares. A configuração default do sistema é feita através dos arquivos armazenados na pasta /usr/X11R6/lib/X11/icewm/ (/usr/lib/X11/icewm/ em algumas distribuições) enquanto as configurações pessoais de cada usuário ficam armazenadas na pasta .icewm no diretório home de cada um.

Dentro das pastas você encontrará 4 arquivos: preferences, menu, programs e winoptions.

No preferences você encontrará as opções referentes ao comportamento do sistema, como papel de parede, bordas e decorações das janelas, teclas de atalho, comportamento do mouse, comandos a serem executados clicando no relógio e outros componentes do sistema e assim por diante.

O menu como o nome sugere concentra os programas exibidos no iniciar. Aqui você pode editar as categorias e os programas dentro de cada uma. O arquivo é auto explicativo, bem simples de editar. Você fornece o nome de cada programa, o ícone (opcional) e o comando correspondente.

O arquivo programs complementa o menu, permitindo configurar os programas que ficam na barra de acesso rápido, ao lado do botão iniciar.

Finalmente, temos o winoptions, que complementa o preferences, oferecendo mais algumas opções de visual e comportamento das janelas. É aqui que você pode fazer com que as janelas não tenham bordas ou botões de fechar ou minimizar por exemplo.

O editor de menu do Mandrake (encontrado no Centro de Controle) configura de uma vez o iniciar do Gnome, KDE, IceWM e outros gerenciadores, facilitando bastante a tarefa.

O fato é que fácil ou difícil de configurar, o IceWM está entre os gerenciadores mais usados, concorrendo com o BlackBox e FluxBox pelo posto de terceiro gerenciador mais usado. Não é pouca coisa 🙂

O site oficial é o http://www.icewm.org onde você pode encontrar documentação, fóruns de suporte e alguns screenshots.

Se o seu objetivo é apenas obter um gerenciador parecido com o Windows, outra opção é o Blanes 2000, que é um IceWM com um visual, opções e ícones muito semelhantes aos do Windows 98. No http://www.blanes.com.br você encontra os arquivos de instalação para várias distribuições.

Blackbox

Um dos grandes motivos do sucesso do Blackbox e de suas variações é o fato dele ser uma interface completamente nova, diferente do Windows, MacOS, KDE e Gnome. O Blackbox foi desenvolvido do zero, tendo em mente um ambiente simples e rápido, mas ao mesmo tempo funcional. A página oficial é a http://blackboxwm.sourceforge.net

A interface do Blackbox é bastante simples. O iniciar pode ser acessado clicando com o botão direito sobre uma área vazia qualquer da área de trabalho:
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A decoração das janelas ocupa pouco espaço, aumentando a área útil das janelas. No topo estão os botões para fechar e maximizar e (á esquerda) o botão para minimizar. Na base da janela estão as barras para redimensionar:
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No Blackbox não existe lista de janelas na barra de tarefas, as janelas minimizadas ficam ocultas. Para acessa-las, clique com o botão do meio em uma área vazia e em seguida em “Ícones”.
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A barra de tarefas do Blackbox tem um layout bastante reduzido. As setas da esquerda permitem alternar entre as áreas de trabalho (você pode manter programas diferentes abertos em cada uma), enquanto as setas da esquerda alternam entre as janelas abertas:
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Para abrir novas áreas de trabalho abra o iniciar e acesse Configurações > Áreas de Trabalho > Nova área de trabalho. No mesmo menu está a opção “Estilos” onde você pode alterar o tema usado pelo Blackbox:
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Existem vários add-on’s para o Blackbox que geralmente não são incluídos nas distribuições.

O BBTools é um conjunto de Applets que mostram o estado de vários componentes do sistema, permitem montar e desmontar disquetes e CD-ROM entre vários outros recursos. A suíte pode ser baixada no http://bbtools.thelinuxcommunity.orp

O BBconf é uma ferramenta de configuração que substitui a edição manual dos arquivos. Ele permite configurar as cores e papel de parede, atalhos de teclados e as entradas no iniciar. A página oficial é a: http://bbconf.sourceforge.net

Para utilizar os atalhos de teclado você precisará do BBkeys, que pode ser baixado no: http://bbkeys.sourceforge.net

Além do Blackbox temos o seu primo, o Fluxbox, que pode ser baixado no: http://fluxbox.sourceforge.net

O Fluxbox é baseado no código do Blackbox mas inclui uma série de melhorias. As janelas minimizadas não “somem” mas aparecem na barra de tarefas. É possível organizar as janelas em tabs, facilitando a vida de quem mantém vários programas abertos. O Fluxbox também suporta os Applets do KDE e do WindowMaker, entre outras pequenas melhorias. O Fluxbox está crescendo rápido em popularidade, é possível que em breve supere o próprio Blackbox.

Window Maker

Este é um gerenciador verde e amarelo, desenvolvido pelo Alfredo Kojima. O Window Maker chegou a ser a interface gráfica default no Conectiva 3 e 4, mas acabou perdendo o posto para o KDE. O Window Maker parece complicado no início, mas com o tempo ele se revela um gerenciador bastante prático.

Assim como no Blackbox não temos uma barra de tarefas. O iniciar é aberto clicando sobre um espaço vago da área de trabalho e as janelas minimizadas aparecem no canto inferior da tela na forma de ícones:
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Aqui estou usando ícones grandes, de 64×64, mas você pode usar ícones menores se preferir. O próximo componente da interface é o dock, que fica por padrão na parte superior direita da tela. Você pode “colar” os ícones dos aplicativos mais usados no dock de forma a ter acesso rápido a eles. Basta abrir o aplicativo e arrastar o ícone até ele:
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O dock serve também para organizar os dockapps que você pode encontrar no http://dockapps.org ou http://www.bensinclair.com/dockapp

Naturalmente o Window Maker também suporta o uso de áreas de trabalho virtuais. Você pode alternar entre elas usando o clip, encontrado no canto superior esquerdo. Ele também pode ser configurado para guardar os ícones dos aplicativos minimizados:
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Clicando com o botão direito sobre a barra de título de um aplicativo você tem a opção de maximizar, minimizar, shade (enrolar a janela, deixando apenas a barra de título) e também de enviar a janela para outra área de trabalho virtual (Move to).
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Um dos recursos mais interessantes do Window Maker é a possibilidade de escolher opções diferentes para cada programa. Assim você pode configurar alguns para inicializarem um modo full-screen por default, outros para não terem barra de título e assim por diante. A opção “Full screen Maximization” faz com que a janela ocupe a tela inteira, incluindo a área do dock e do clip.
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Concluindo, o Window Maker tem também uma ferramenta de configuração centralizada, o Wmaker Config. Você encontrara um atalho para ele entre os ícones do dock. Ele oferece uma quantidade espantosa de opções: mouse, teclado, cores, animações, ícones, efeitos, entradas no menu de programas, comportamento das janelas… é uma ferramenta bastante completa
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O Window Maker é um dos meus gerenciadores favoritos e esta é apenas uma introdução. Você pode encontrar mais dicas no site oficial, o http://www.windowmaker.org

Um bom lugar para baixar temas para o Window Maker é o: http://largo.windowmaker.org/themes/my-themes.php

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