Você aprendeu a pintar o seu objeto, mas a coisa não pára por aí. Existe muito mais entre uma pintura e um efeito de cor do que julga a nossa vã filosofia.
Para começarmos a nos aprofundar na arte de editar a pintura de objetos, vamos criar uma cena com um retângulo. E em seguida selecioná-lo.
Em seguida clique no ícone de edição de pintura de objetos.
Prontamente uma janela se abrirá na parte direita da área de trabalho.
Para facilitar a visualização desloque o retângulo um pouco á esquerda. Para tal, clique na rodinha do mouse e sem soltá-la desloque a área de trabalho movimentando o mouse.
Veja que temos quatro faixas abaixo precedidas pelas letras R, G, B e A.
Por enquanto vamos nos ater somente aos três primeiros, ou seja, o R, G e B. Mas por que? Pergunta o dileto leitor. Bem, RGB é um código para Red, Green e Blue, que por sua vez significa Vermelho (R), Verde (G) e Azul (B). Isso por que através dessas três cores pode se chegar a todas as outras que desejarmos. Sabe aquela coisa de misturar tintas guache? Quando estamos no pré aprendemos que misturando amarelo e azul dá o verde, que misturando o preto com o branco dá o cinza e assim por diante. Pois é, o conceito é o mesmo aqui, mas as cores resultantes são diferentes. Explico. No caso do pré nós trabalhamos com o processo subtrativo de cores. Profissionalmente ele é chamado de CMYK. Ou Cyan (Ciano), Magenta (Magenta), Yellow (Amarelo) e blacK (Preto). Veja a imagem abaixo:
Perceba que ao se juntar todas as cores temos o preto. No caso do blacK, temos essa opção para melhorar a qualidade das gráficas, pois se juntarmos apenas o ciano, o magenta e o amarelo a cor resultante será um marrom escuro, daí usa-se o preto para resolver esse probleminha.
Mas o CMYK está aqui apenas para enterdemos o processo RGB. Veja a imagem abaixo:
Esse processo é o processo aditivo de cores, veja que a junção das três cores resultou no branco! Ao contrário do processo anterior que resultou no preto. Isso acontece por que o RGB é formado pela luz que emana do monitor, já as cores dos desenhos impressos ou feitos por guache são resultantes de um raio de luz que bate na cor e em seguida é recebido pelos seus olhos. Mas não se preocupe em compreender isso de cara, o importante aqui é saber como as cores funcionam no Inkscape e que esse usa o RGB como sistema padrão.
Voltemos a nossa janelinha de cores. Experimente alterar os valores dos três primeiros quadros e veja que ao mudá-los a cor do objeto também muda.
Nesse caso, troquei a cor para um vermelho (255, 0, 0):
Viu só? Agora altere as cores de modo a criar outras novas. Aos poucos você vai compreendendo como a coisa funciona e pegando o jeito. Por enquanto mexa apenas nos três primeiros campos.
Se você não quiser alterar o valor digitando um número, basta mover a seta do mouse sobre o campo que deseja alterar e pressionar no espaço com a tonalidade de cor desejada:
Tudo bonito, tudo legal, mas temos a pergunta que não quer calar. Para que cargas d’água serve o quarto campo, o A? Para responder essa pergunta, vamos criar um outro retângulo sobre esse que desenhamos a pouco:
Para ficar mais didático altere a cor dele. Pode ser um azul para o contraste não ficar grotesco.
Agora altere o valor do A de 255 para 125 e veja o que acontece:
Ficou transparente! Isso por que A vem de Alpha, que é o termo usado para definir transparência nas imagens. Quante menor o valor, maior a transparência do objeto.
Vamos agora para a próxima ferramenta, o Borrar. Selecione o retângulo verde:
E em seguida altere o valor de Borrar para 10:
Essa ferramenta é bem bacana, muito útil para efeitos de sombra e reflexão difusa. Mas manere ao usá-la, pois ela exige um processamento razoável ao ser ativada.
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