Instalando o Puppy em pendrives

Graças ao uso do UnionFS, a instalação de programas adicionais funciona perfeitamente com o sistema rodando a partir do CD. Como de praxe, tudo é instalado na memória RAM, mas como os pacotes são muito pequenos, dificilmente você terá problemas de falta de memória.

Existem também diversas opções para salvar as modificações e os programas instalados, de forma que eles possam ser usados nos boots seguintes. Isso permite que você tenha um sistema persistente, salvando todas as configurações, arquivos e programas, mesmo com o sistema rodando a partir do CD-ROM.

Entre as possibilidades estão as tradicionais opções de usar um pendrive, ou criar um arquivo em uma das partições do HD. Entretanto, a mais engenhosa delas é a possibilidade de criar um CD multisessão, onde o sistema carrega as configurações durante o boot e grava as alterações ao desligar, criando uma nova sessão no CD.

Como pode imaginar, isso só é possível por que o sistema roda a partir da memória RAM, lendo todos os arquivos no início do boot e depois desmontando a mídia dentro do drive. Se ele rodasse a partir do CD-ROM (como em outros live-CDs), a unidade ficaria ocupada e seria impossível salvar as alterações de volta antes de desligar.

Para usar esta opção, basta criar um CD multisessão ao gravar a imagem ISO, sem finalizar o CD depois da gravação. Os CDs multisessão estão fora de moda hoje em dia, mas a opção continua disponível nos programas de gravação.

As opções de salvar as configurações são exibidas por um script em texto, sempre que você finaliza o sistema usando a opção “Shutdown” no menu:

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Outra opção é simplesmente instalar o Puppy em um pendrive ou em uma pequena partição do HD. Como o sistema é muito compacto, uma partição de 1 GB é mais do que suficiente. A menos que você esteja instalando em um PC com menos de 256 MB, também não é necessário criar uma partição swap, já que o uso de memória RAM do sistema é muito baixo:

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O instalador é um shell-script bastante comentado, que oferece várias opções de instalação. Ao instalar em um pendrive, use a “USB Flash Drive” e, ao instalar em uma partição no HD, use a “Internal (IDE or SATA) hard drive”. Embora seja possível instalar o Puppy em uma partição FAT, o ideal é criar uma partição EXT3 usando o Gparted, que é aberto durante a instalação. Ao instalar em um pendrive, é necessário marcar a flash “Boot”, no “Partition > Manage Flags” e, naturalmente, configurar o Setup do micro para dar boot através da porta USB.

Outra observação é que durante a instalação são feitas várias confirmações, onde você precisa pressionar qualquer tecla e depois Enter. É importante prestar atenção nas mensagens, pois pressionar apenas Enter faz com que ele aborte a operação.

Concluindo, não seria muito recomendável tentar usar o Puppy como distribuição principal, já que ele é muito espartano, mas ele é uma excelente opção de distribuição para carregar na carteira, ou para instalar no pendrive e usar como sistema rápido de boot. Ele é também uma boa opção para ressuscitar máquinas antigas.

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