Segurança e privacidade de navegação

O Firefox oferece uma opção de memorizar senhas, que é bastante prática, porém também bastante insegura, já que as senhas ficam originalmente armazenadas em um arquivo dentro do seu profile e podem ser visualizadas através do “Editar > Preferências > Segurança > Senhas memorizadas > Exibir senhas”. Qualquer um poderia copiar sua lista inteira de logins e senhas simplesmente acessando a opção e tirando um screenshot da janela enquanto não estivesse na frente do micro, um risco grande demais para se correr.

Para evitar isso, é fortemente recomendável que você defina uma senha, marcando a opção “Definir senha mestra”. Ela precisará ser digitada cada vez que o Firefox for aberto para destravar o chaveiro e também para desativar a opção posteriormente. É um pouco imprático, mas pelo menos suas senhas não ficarão disponíveis para todo mundo ver.

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O Tor (https://www.torproject.org) é uma rede destinada a oferecer acesso anônimo à web, que pode ser usada em qualquer situação onde você não deseje ser rastreado. Ele é usado por exemplo por grupos humanitários para manter contato com membros em áreas de conflito, ou com grupos perseguidos politicamente. Outros usos, não tão nobres, mas também aceitáveis são grupos que realizam investigações diversas e precisam acessar informações sem serem identificados, usuários que precisam acessar serviços bloqueados dentro da rede e assim por diante.

Devido à sua estrutura descentralizada, uso de encriptação e dos diversos truques usados para mascarar o tráfego, a rede Tor é bastante lenta (não espere mais do que 5 ou 10 KB/s em uma dia bom), mas ela cumpre bem os objetivos com relação à anonimidade.

Para usar o Tor, o primeiro passo é instalar os pacotes “tor” e “privoxy” usando o gerenciador de pacotes, como em “urpmi tor privoxy” ou “apt-get install tor privoxy”.

Como os pacotes instalados, abra o arquivo “/etc/privoxy/config” e adicione a linha abaixo no final do arquivo:

forward-socks4a / 127.0.0.1:9050 .

Ela ativa o suporte a socks, necessário para o uso de diversos programas. Para que ela entre em vigor, reinicie o serviço do privoxy, como em:

# /etc/init.d/privoxy restart

Como pode presumir, o privoxy é um proxy local, que permite o acesso à rede Tor. Ele fica residente na forma de um serviço. Para usá-lo, basta configurar os aplicativos para usarem o proxy através do 127.0.0.1, porta 8118.

Ao configurar o proxy no Firefox, por exemplo, você pode confirmar o uso do Tor acessando o myipaddress.com. Você notará que ele exibirá um endereço aleatório, e não seu endereço IP real:

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Como a rede do Tor é muito lenta, você vai querer usá-lo apenas em situações especiais e não deixá-lo ativo o tempo todo. Para facilitar as coisas, você pode instalar o Torbutton, uma extensão para o Firefox que adiciona um botão na barra, permitindo ativar ou desativar o uso do Tor com um único cloque: https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/2275

Uma última dica é que, por default, o Privoxy salva logs dos acessos em um punhado de arquivos locais. Se você preferir eliminá-los (eliminando assim todas as pistas), comente todas as linhas iniciadas com “logfile” dentro do “/etc/privoxy/config”.

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