Usando o Kwifimanager

O Kwifimanager é um pequeno utilitário, baseado na biblioteca QT (do KDE) que permite configurar vários perfis de redes wireless e alternar entre eles rapidamente. Ele é uma ferramenta essencial para quem carrega o notebook para cima e para baixo e utiliza redes diferentes ao longo do dia.

Hoje em dia, com exceção das redes de públicas ou mantidas pelos provedores de acesso, quase todas redes wireless são protegidas, usando uma combinação de uma chave de encriptação (WEP ou WPA), controle de acesso baseado no endereço MAC das placas de rede autorizadas, uso de um canal específico e nome da rede.

Como a questão da (ou falta de) segurança em redes wireless é uma questão muito divulgada, apenas os muito desleixados deixam suas redes desprotegidas hoje em dia. Nenhum sistema de segurança para redes wireless em uso é inquebrável, mas a combinação de várias dificuldades pode tornar sua rede difícil de invadir o suficiente para que procurem outro alvo mais fácil.

É a mesma questão do roubo de carros: você não precisa tornar seu carro impossível de roubar; precisa apenas fazer com que ele seja mais difícil de levar que os que estão estacionados ao lado.

O problema é que quanto mais camadas de proteção são adicionadas, mais trabalhosa se torna a configuração da rede. O kwifimanager facilita a configuração, permitindo juntar o melhor dos dois mundos.

Para instalar, procure pelo pacote “kwifimanager” no gerenciador de pacotes da distribuição que está utilizando. Ele é atualmente bastante popular e por isso encontrado nas principais distribuições. Nas baseadas no Debian por exemplo, você pode instala-lo com um “apt-get install kwifimanager“. Em muitas distribuições, o kwifimanager é incluído dentro do pacote “kdenetwork“, geralmente instalado por padrão junto com o KDE.

Na pior das hipóteses, use o Google para procurar um pacote compilado.

A página oficial é a: http://kwifimanager.sourceforge.net/

Ao ser aberto, ele automaticamente procura por redes disponíveis. Caso você tenha já tenha configurado o sistema para se conectar a uma rede (usando os comandos manuais que vimos, ou outro utilitário de configuração), ele mostra os detalhes da conexão e fica residente ao lado do relógio, mostrando um gráfico com a potência do sinal:

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Para se conectar a uma rede, clique no “Procurar por Redes“, que tem a mesma função do comando “iwlist wlan0 scan” ou seja, detectar redes públicas, onde a encriptação está desativada e o ponto de acesso divulga o ESSID da rede, ou mostrar quais das redes cujo perfil você já tenha configurado estão acessíveis no momento:

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Quando o sinal da rede estiver fraco e você estiver procurando um lugar melhor para se conectar, marque a opção “Varredura acústica” no menu “Config“. Ao ativar esta opção, o kwifimanager começa a emitir um bit periódico que indica a potência do sinal: quanto mais alto o bip, melhor é a qualidade do sinal, o que permite que você se guie pelo som para sair da área com interferência.

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Muitos notebooks possuem uma chave que permite desativar o rádio da placa wireless quando ela não estiver sendo utilizada. Isso serve tanto para economizar as baterias, quanto como uma precaução de segurança. Clicando no menu “Arquivo” do kwifimanager você tem a opção de fazer isso via software:

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Outro recurso interessante é a janela de estatísticas da conexão, que permite monitorar a qualidade do sinal da rede, detectando em que áreas do local o sinal é melhor:

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Até aqui, apenas estamos usando o kwifimanager como monitor para uma conexão de rede já configurada. Mas, ele oferece a opção de configurar a rede diretamente, dentro da opção “Config > Editor de Configuração

Você pode criar até 4 configurações diferentes, incluindo o ESSID (que vai no campo “nome da rede”), incluir a chave de encriptação, caso exista, e configurar as opções de economia de energia da placa.

Na opção “Ajustando velocidade“, prefira usar sempre a opção “Automático“, que permite que o utilitário baixe a velocidade de transmissão caso o sinal esteja fraco. Lembre-se que as redes 802.11b podem transmitir a 11, 5.5, 2 ou 1 megabit e quanto mais baixa a velocidade de transmissão, maior é o alcance do sinal. Se você forçar o uso de 11 megabits, não vai conseguir captar o sinal da rede quando estiver distante do ponto de acesso.

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Ao usar um ponto de acesso você deve marcar sempre a opção “Infraestrutura“. O modo “Ponto-a-ponto” (ad-hoc) é usado apenas ao conectar diretamente dois micros, sem ponto de acesso.

No campo “Executar script ao conectar” você especifica o comando usado para configurar os endereços da rede (IP, máscara,etc.), que será executado ao conectar, ou trocar de profile.

Para configurar a rede via DHCP, preencha o campo com o comando “dhclient” (no Fedora ou Mandriva), “dhcpcd” (outras distribuições) ou “pump -i wlan0” (no Debian). Você pode também escrever um script com a configuração completa da rede (como vimos anteriormente), marcar a permissão de execução para o arquivo e indica-lo aqui.

Depois de configurar os profiles referentes a todas as redes que utiliza, marque a opção “Carrega a configuração pré-ajustada ao iniciar o KDE” para que a configuração mais usada seja ativada no boot. Ao mudar para outra rede, acesse novamente o menu e troque o perfil.

Leia também meu tutorial “Instalando Placas Wireless no Linux“, que fala sobre como instalar os drivers para diversas placas no Linux: https://www.hardware.com.br/tutoriais/instalando-placas-wireless-linux/.

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