Como o desempenho do controlador de memória é sempre o principal diferencial entre os chipsets dos diferentes fabricantes, os chipsets para o Athlon 64 acabam ficando muito próximos no quesito desempenho. Isso fez com que os fabricantes procurassem se diferenciar na questão das interfaces, recursos gerais e preço, além de buscar o desenvolvimento de recursos exclusivos, como o SLI no caso dos chipsets da nVidia e o CrossFire no caso dos ATI.
Outra questão importante é que o suporte a memória não depende mais do chipset, mas sim do controlador de memória incluído no processador. Fazendo pequenas atualizações no barramento HyperTransport, os fabricantes podiam lançar versões de seus chipsets tanto para placas soquete 754 e 939, quanto em placas AM2 e superiores. Como disse anteriormente, o controlador de memória integrado complicou o projeto do processador, mas por outro lado tornou a vida dos fabricantes de chipsets muito mais simples. 🙂
Tudo começou com o AMD 8000, o chipset de referência da AMD, que acabou sendo pouco utilizado na prática. Ele é composto pelos chips AMD 8151 (que faz o papel de ponte norte) e o chip 8111, ambos conectados por um barramento HyperTransport de 8 bits.
O chip 8151 era chamado pela AMD de “AGP Graphics Tunnel” pois com a remoção do controlador de memória, as únicas funções dele eram conectar o processador ao barramento AGP 8x e ao chip 8111, que concentrava as demais interfaces.
Os recursos do chip 8111 também são relativamente modestos. Ele oferece suporte a 6 portas USB 2.0, duas portas IDE ATA-133, suporte a PCI-X, além de rede e som onboard.
O suporte a PCI-X fez com que o AMD 8000 fosse relativamente popular em servidores baseados nas primeiras versões do Opteron e também em estações de trabalho, sobrevivendo até perto do final de 2003. Já nos desktops, ele é virtualmente desconhecido, já que os chipsets da nVidia, VIA, SiS e ATI roubaram a cena.
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