Que tal uma prosumer?

Vejam só a situação certos usuários se encontram: em virtude das grandes dimensões e altíssimo custo, as câmeras digitais semi-profissionais não os satisfazem; já em termos de qualidade de imagem, as câmeras digitais ultra-zoom também deixam à desejar, sem considerar ainda o volume (embora tenham outros bons atributos)! Então, que tal pensar em uma câmera digital prosumer?

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Canon PowerShot G11: feita especialmente para os usuários exigentes!

Mas antes, o que é (ou significa) o termo “prosumer”?

“Prosumer é um termo originado do inglês que provém da junção de producer (produtor) + consumer (consumidor) ou professional (profissional) + consumer (consumidor). (…) (Na área de tecnologia) o termo é utilizado para qualificar produtos que apesar de serem vendidos para o consumidor final, são destinados a usuários avançados. Trata-se, portanto, de um segmento de clientes com foco em produtos de tecnologia de ponta cujos recursos são mais extensos que os disponibilizados ao restante do mercado de massa.” — [by Wikipedia].

Dentre as características mais notáveis das câmeras digitais compactas voltadas para usuários prosumers – ou simplesmente câmeras digitais prosumers – está o sensor e as suas dimensões: ao invés de adotar as dimensões minimalista, tal como encontramos nas tradicionais compactas e na maioria das modelos ultra-zoom, as câmeras prosumers normalmente utiliza sensores maiores. Embora as diferenças dimensionais não sejam tão grandes assim, são suficientes para a produção de fotos com melhor qualidade geral (ainda que sejam câmeras compactas).

Para evitar prolongar este artigo com informações repetitivas, sugiro a leitura do 1o. artigo da série, intitulado “Os limites de uma câmera digital ultra-zoom”. Lá, terão o acesso a uma série de informações relacionadas aos sensores CCDs, CMOS, suas dimensões, características e aplicações gerais. Agora, voltando ao assunto, as câmeras prosumers geralmente adotam sensores na ordem de 1/1.6″, 1/1.7″ ou 1/1.8″, em contraste aos sensores de 1/2.5″ padrão.

Outro grande atrativo das câmeras prosumers está na abertura adotada por alguns modelos: por exemplo, o valor de F=2.0 permite uma maior flexibilidade em situações onde a iluminação não é a das mais adequadas. Combinando a grande abertura com o uso de uma sensibilidade ISO moderada (200, 400 ou até mesmo maior) e um bom tempo de exposição (suficiente para “compensar” as tremidas de mãos), as fotos sairão firmes, claras e com boa nitidez, além de terem a incidência de ruídos reduzidas.

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Lumix DMC-LX3 e Canon S90: devido à abertura de F=2.0, estas câmeras permitem ao fotógrafo obter excelentes imagens em ambientes internos com pouca luz.

O comprimento focal é outro fator importante a ser observado: se o potente zoom óptico de 10x ou 12x é descartados, o mesmo não se pode dizer das fotografias a serem tiradas em modo wide: os 6.1mm da Canon e os 5.1mm da Lumix, são suficientes para auxiliar na captura de todos os elementos de uma cena, como uma festinha de aniversário. Afinal de contas, não queremos ver nenhum pimpolho chorando porque não saiu na foto com toda a turminha de amiguinhos…

Outros recursos adicionais também não ficam de fora! A possibilidade de realizar uma vasta gama de regulagens manuais, além de terem à disponibilidade um maior número de acessórios, as câmeras prosumers podem – em certos casos – substituírem as câmeras dSLRs. Em destaque, o uso de sapatas para a acoplagem de flash externos, se estes forem realmente necessários. Convenhamos: vai ser esquisito ter uma câmera pequenininha nas mãos, mas com um flash externo gigante em cima delas!

Por fim, vale à pena comentar também da construção física e os materiais empregados nas câmeras prosumers. Por exemplo, a Canon G11 ilustrada no início do artigo, tem o corpo feito todo em uma liga resistente de alumínio e a sua base utilizada para na pegada é feita de borracha. Inclusive, algumas são à prova d’água! No geral, mesmo com algumas gramas à mais no peso, ainda assim não deixa de ser uma câmera com excelente portabilidade.

Tal como as câmeras ultra-zoom são desenvolvidas para disponibilizar uma série de novos recursos além do potente zoom óptico, as câmeras prosumers são direcionadas para obter a melhor qualidade de imagem possível, ambas dentro dos limites de suas categorias. E nada mais além disso, pois continuam sendo câmeras digitais voltadas para usuários amadores, embora muitos usuários profissionais utilizem-nas para atender algumas necessidades específicas.

É claro que, devido às proximidades, certas comparações serão feitas. Valerá à pena comprar uma prosumer ao invés de uma ultra-zoom, mesmo que ambas pertençam à mesma faixa de preços? Ou porquê optaria em descartar a compacta da família por uma prosumer que, embora tenha alguns recursos à mais, estes serão úteis em apenas algumas circunstâncias? Em todo o caso, a resposta será sempre a mesma: “depende”.

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