Por último, temos o Brisbane, a primeira série do X2 a ser produzida usando uma técnica de 65 nm. Uma informação importante é que, apesar da redução do espaço ocupado por cada processador (cortesia da nova técnica de fabricação) todos
os modelos baseados no Brisbane possuem apenas 512 KB de cache por core. A redução foi feita para aumentar o índice de aproveitamento, já que, como em toda nova técnica de produção, o índice de defeitos é inicialmente muito grande, de forma que produzir
processadores menores permite aumentar substancialmente o número de processadores “bons” por wafer, resultando em custos de produção mais baixos.
Uma má notícia é que a AMD aumentou os tempos de latência do cache L2 do Brisbane de 12 para 14 tempos, visando facilitar a produção de futuros modelos com mais cache L2, além de permitir o uso de frequências de clock ligeiramente maiores. Como o
Brisbane não inclui melhorias em relação aos modelos anteriores, ele acaba sendo mais lento que um Manchester do mesmo clock (e com a mesma quantidade de cache). Embora a diferença seja pequena (inferior a 2% na maioria dos aplicativos), ela existe.
O Brisbane foi usado em 6 modelos da série Energy Efficient, todos eles com TDP de 65 watts:
Athlon 64 X2 5200+: 2.7 GHz, 2x 512, soquete AM2
Athlon 64 X2 5000+: 2.6 GHz, 2x 512 KB, soquete AM2
Athlon 64 X2 4800+: 2.5 GHz, 2x 512 KB, soquete AM2
Athlon 64 X2 4400+: 2.3 GHz, 2x 512 KB, soquete AM2
Athlon 64 X2 4000+: 2.1 GHz, 2x 512 KB, soquete AM2
Athlon 64 X2 3600+: 1.9 GHz, 2x 512 KB, soquete AM2
Como de praxe, o uso de um processador dual-core tem seus prós e contras. O principal benefício de usar um processador dual-core é o melhor desempenho ao rodar muitos aplicativos pesados simultaneamente. Se você é do tipo que abre 50 abas do navegador,
ouve música, comprime um DVD, retoca imagens no Photoshop ou Gimp pra o cartaz que está diagramando no Corel e ainda por cima quer abrir 3 máquinas virtuais do VMware, tudo ao mesmo tempo, um processador dual-core, acompanhado por 2 ou 4 GB de memória
DDR2 ou DDR3, é uma necessidade.
Por outro lado, para usuários que rodam um ou dois aplicativos por vez, que usam o PC predominantemente para jogos (sem executar outras tarefas simultaneamente como, por exemplo, deixar o PC comprimindo um DVD em segundo plano) ou que rodam apenas
aplicativos leves, um processador single-core ainda pode ser satisfatório, mesmo nos dias de hoje.
Com a popularização dos processadores dual-core, cada vez mais jogos e outros aplicativos estão ganhando otimizações para o uso de vários núcleos, mas este é um processo vagaroso, já que demanda uma boa dose de trabalho manual.
Depois do Brisbane, a série Athlon X2 deu espaço ao Phenom, que inaugurou o uso da plataforma K10, com o uso de cache compartilhado e outras melhorias. Apesar disso, a AMD manteve a fabricação dos processadores Athlon X2, que passaram a ser opções de
baixo custo.
Entre 2008 e 2009 a série X2 foi atualizada com modelos de 65 nm (core Kuma) e 45 nm (core Regor), mas eles são derivados da arquitetura do Phenom, por isso não conservam muita relação com os modelos originais além do nome comercial. Veremos mais
detalhes sobre eles mais adiante, no tópico sobre o Phenom.
Deixe seu comentário