Pouco depois, em novembro de 1994, foi lançado o Red Hat, que foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a configuração e automatização do sistema, incluindo várias ferramentas de configuração. Apesar de sua alma comercial, todas as ferramentas desenvolvidas pela equipe do Red Hat tinham seu código aberto, o que possibilitou o surgimento de muitas outras distribuições derivadas dele, incluindo o Mandrake (França), o Conectiva (Brasil) e o SuSE (Alemanha).
O Red Hat foi a primeira distribuição a usar um sistema de gerenciamento de pacotes, onde cada programa incluído no sistema é transformado em um pacote compactado, que pode ser instalado através de um único comando. O sistema guarda as informações dos pacotes instalados, permitindo que você possa removê-los completamente depois (sem deixar restos de bibliotecas e chaves de registro, como no Windows).
A idéia surgiu a partir da forma como os aplicativos são instalados a partir do código fonte, onde você usa os tradicionais comandos “./configure”, “make” e “make install”. O primeiro comando analisa o sistema e gera a configuração necessária para fazer a instalação, o segundo faz a compilação propriamente dita, enquanto o terceiro finaliza a instalação, copiando os executáveis, bibliotecas e arquivos de configuração para as pastas correspondentes do sistema.
Ao agrupar todos os arquivos em um único arquivo compactado e descompactá-lo no diretório raiz do sistema, você tem tem justamente um sistema rudimentar de pacotes. A partir daí, a idéia foi evoluindo até chegar a ferramentas como o yum e o apt-get e repositórios gigantescos que temos hoje em dia.
O uso do gerenciamento de pacotes é uma das diferenças mais visíveis entre o Linux e o Windows: no Windows você clica no executável do programa e é aberto um instalador; no Linux você usa o gerenciador de pacotes para instalar os programas que quer usar. Aqui temos o venerável Red Hat 9, lançado em 2003:
A partir de 2003 a Red Hat mudou seu foco, concentrando seus esforços no público empresarial, desenvolvendo o Red Hat Enterprise Linux (RHEL) e vendendo pacotes com o sistema, suporte e atualizações. A conseqüência mais marcante da decisão foi a descontinuidade do Red Hat Desktop, que era até então a distribuição Linux com o maior número de usuário.
A última versão foi o Red Hat 9. A partir daí, passou a ser desenvolvido o Fedora, combinando os esforços de parte da equipe da Red Hat e vários voluntários que, com a maior abertura, passaram a contribuir com melhorias, documentações e suporte comunitário nos fóruns. O Fedora herdou a maior parte dos usuários do Red Hat Desktop, tornando-se rapidamente uma das distribuições mais usadas.
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