Se você mexe com PHP, mesmo que minimamente, já deve saber que é possível iniciar os scripts usando <?php
ou <?
, simplesmente. Há ainda a notação usada no ASP, da Microsoft, possível no PHP
para facilitar para quem está acostumado com a sintaxe do ASP: <%
. Tem as variáveis passadas nas páginas pelo endereço (método GET
do HTTP), como em <a href=pagina.php?id=5>
. E ainda, entre outras coisas, a
recuperação de variáveis automaticamente, usando o método POST
do HTTP, onde, por exemplo, um campo <input name=username type=text>
numa página HTML gera automaticamente uma variável de nome “username
”
cujo conteúdo seria o texto preenchido pelo usuário, válida globalmente na página definida em “action
” no formulário.
Você programa em PHP usando estes recursos, e os scripts funcionarão na maioria dos servidores de hospedagem. Mas, ao rodá-los no micro local, com o PHP instalado da forma padrão, simplesmente eles não rodarão. O
PHP vem com muita coisa desativada, seja por motivo de performance (desempenho) ou segurança. Como são técnicas usadas na programação em PHP na maioria dos scripts, não dá para ficar sem elas. Você deverá ativá-las no PHP. Vamos então ver algumas
opções que você deve alterar no php.ini
:
short_open_tag = On
Esse item vem desativado por padrão, localize-o e deixe-o com o valor On
. Ele libera o uso dos delimitadores <? ... ?>
para identificar scripts em PHP. Se você não ativá-lo, poderá
usar apenas as formas <?php ...>
e <script language=php>
nas suas páginas.
asp_tags = On
Ative este item apenas se você gostar de usar as tags no estilo do ASP, como em <% ... %>
. Se não usar isso, pode deixar desativado.
display_errors = On
Esse item vem desativado. Para um servidor de produção, é altamente recomendável deixá-lo desativado. Ele imprime erros de sintaxe ou funcionamento do PHP na página. Por questões de segurança, é bom deixá-lo em
Off
, pois entre as mensagens de erros muitas vezes vêm nomes de arquivos, caminhos locais, e se você bobear, até a senha do banco de dados, se tiver erro de sintaxe justamente na declaração da mesma. Em contrapartida, num servidor
local, para aprender PHP, é recomendável deixá-lo em On
, ativado.
Os erros serão impressos na página, com a indicação do número da linha e o arquivo afetado, ou seja: é uma forma de “debugar” suas aplicações, identificando erros e indo facilmente ao ponto que os causa. Um caso comum, num
erro em PHP, é a página ficar toda em branco ao ser acessada (vazia), especialmente se o erro estiver no começo do script. Se você está estudando ou treinando, deverá caçar no script onde está o erro.
Com esta opção ativada, ele mostrará a linha e o nome do arquivo que causou o erro, quebrando um galhão para você. Aproveitando, um pouco mais acima no php.ini
, deixe o item “error_reporting =
” com o valor
E_ALLE_ALL
, que mostra todos os tipos de erros.
register_globals = On register_long_arrays = On register_argc_argv = On auto_globals_jit = On
Deixe estes quatro itens em On
. Com eles ativados você não terá problemas ao passar variáveis da forma habitual para as páginas, seja usando o método GET
ou POST
do HTTP.
Muitos scripts que usam formulários não funcionam na configuração padrão do PHP justamente por causa destes itens, que vêm desativados 🙂
file_uploads = On upload_max_filesize = 2M
Se algum script fará upload de arquivos pelo HTTP (ou seja, através de uma página da web), como por exemplo, o carregamento de fotos para um site de relacionamentos ou fórum, você deve deixar ativada a
opção file_uploads
. O upload_max_filesize
determina o tamanho máximo dos arquivos que poderão ser carregados. Num servidor de produção não é bom deixar um valor muito grande, para não reduzir a performance. O valor deve ser
escrito na forma XM
, onde X
é um número, em megabytes.
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