Entendendo o Froyo

Ao pesquisar por “Froyo”, você notará que ele foi possivelmente a versão mais aguardada do Android. Não é para menos, pois embora tenha sido apenas um point-release, ele trouxe melhorias significativas em relação ao Android 2.1.

O primeiro deles foi o suporte nativo a Flash, permitindo que os aparelhos sejam capazes de visualizar vídeos e jogos embutidos em páginas diretamente, sem precisar de clientes locais como no caso do Youtube. Naturalmente, o suporte a flash pode ser desativado nas configurações, já que o carregamento das propagandas resulta em um grande desperdício de banda e processamento.

O suporte a Flash veio acompanhado de uma grande atualização na compilador Dalvik, que melhorou o desempenho da compilação em tempo real em mais de 100%, resultando em uma subta melhoria no desempenho de muitos aplicativos, sobretudo nos jogos.

Além da melhoria de desempenho derivada do compilador, o navegador recebeu outro upgrade na forma do interpretador java-script V8, portado a partir do Chrome. Isso resultou em uma grande melhoria adicional no tempo de carregamento de páginas dinâmicas.

Outra melhoria muito aguardada foi o suporte nativo a tethering da conexão 3G, permitindo o compartilhamento da conexão através da interface Wi-Fi (transformando o telefone em um ponto de acesso) e também via Bluetooth. A opção fica bem visível dentro do “Configurações > Redes sem fio e outras”, permitindo não apenas conectar facilmente através de um notebook, mas também acesso por parte de outros smartphones com suporte a Wi-Fi:

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Anteriormente, o compartilhamento era possível apenas através de aplicativos como o Android-wifi-tether, que funcionavam apenas em aparelhos desengaiolados, com acesso de root. Esta era sem dúvidas uma grande desvantagem da plataforma, já que esta é uma função que está a muitos anos disponível em aparelhos da Nokia (e até mesmo em featurephones de outros fabricantes), que podem ser usados como modems 3G ou GPRS ao serem conectados via USB ou bluetooth. Com o suporte a tethering, o Google virou a mesa, oferecendo um sistema simples de compartilhamento via Wi-Fi.

O sistema recebeu também novas APIs, incluindo funções para backup e para controle remoto a partir do PC, que permitem que aplicativos enviem links e executem outras funções (como abrir uma página web, abrir uma rota no Google Maps ou instalar aplicativos via Wi-Fi a partir do PC), adicionando várias possibilidades em termos de desenvolvimento.

Duas outras melhorias foram a possibilidade de atualizar todos os aplicativos adicionais de uma só vez (em vez de precisar atualizá-los um por um) e a possibilidade de instalar aplicativos no cartão de memória, uma mudança importante para quem gosta de testar muitos aplicativos.

Este conjunto de melhorias transformaram o Froyo em uma espécie de requisito mínimo para qualquer aparelho de respeito. Ao comprar, não deixe de antes checar se o Froyo (ou superior) já vem pré-instalado, ou se está disponível através de uma atualização de firmware.

Confira a terceira parte do tutorial em: https://www.hardware.com.br/tutoriais/android-3/

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