Watercoolers encontram um nicho nos servidores

Watercoolers encontram um nicho nos servidores

Os watercoolers, que antigamente eram feitos artesanalmente e usados apenas por entusiastas, cresceram bastante em popularidade. Embora eles ainda continuem pouco usados em sistemas domésticos devido ao preço, já existem várias opções de kits produzidos por empresas respeitadas, que oferecem um bom nível de eficiência e não apresentam os riscos de vazamento dos antigos kits artesanais.

Entretanto, não é no mercado doméstico que a grande maioria dos fabricantes de watercoolers estão ganhando dinheiro, mas sim nos servidores, onde o uso de watercoolers vem crescendo rapidamente, como uma forma de combater o crescente problema da dissipação térmica de muitos processadores juntos em gabinetes apertados. Em alguns casos, o uso pode até resultar em redução no consumo elétrico e uma economia a longo prazo (mais sobre isso a seguir).

Uma das empresas que vem florescendo nesse mercado é a Asetek, que recentemente estendeu sua linha. Além dos tradicionais watercoolers internos, para um ou dois processadores, que atendem a um único servidor, eles oferecem também soluções que atendem racks inteiros e até uma linha que utiliza exaustores externos para uma coluna de racks, levando o calor diretamente para o exterior do prédio:

Sobre a questão da passível economia no consumo elétrico que citei a pouco, a teoria é que com uma temperatura mais baixa de operação, os três tipos de power leakage do processador (junction, gate, e o subthreshold) são reduzidos. Em um PC doméstico essa redução provavelmente seria usada para simplesmente aumentar o overclock, mas em um servidor, onde o processador continuará operando na mesma frequência, a redução se traduz em uma redução direta do consumo, que pode ser acentuada por uma redução na tensão. Um exemplo prático desse tipo de economia é o Riken K, um supercomputador baseado em 68.544 processadores SPARC64 VIIIfx. Por utilizarem um sistema baseado em watercoolers, os projetistas conseguiram reduzir a temperatura de operação dos processadores de 85°C para apenas 30°C, o que resultou em uma economia de 7 watts por chip (uma redução de cerca de 12%), resultando em uma economia de 480 kWh por hora de operação. Se tomarmos por base o preço da eletricidade no Brasil, isso representaria uma economia de quase 180 mil reais por mês.  
 

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