NFS

O próximo arquivo é o /etc/exports, onde vai a configuração do servidor NFS. O LTSP precisa que o diretório “/opt/ltsp/i386/” esteja disponível (como somente leitura), para toda a faixa de endereços usada pelas estações. Para isso, adicione a linha:

/opt/ltsp/i386/ 192.168.0.0/255.255.255.0(ro,no_root_squash)

Note que a configuração dos compartilhamentos inclui a faixa de endereços e a máscara usada na rede ( 192.168.0.0/255.255.255.0 no exemplo, configuração usada para evitar que eles sejam acessados de fora da rede). Não se esqueça de alterar esses valores ao utilizar uma faixa diferente, caso contrário, o servidor passa a recusar os acessos dos terminais e eles não conseguirão mais carregar o sistema de boot.

Vamos a uma revisão da configuração do NFS:

Para ativar o servidor nas distribuições derivadas do Debian, você precisa ter instalados os pacotes “portmap“, “nfs-common” e “nfs-kernel-server“:

# apt-get install portmap nfs-common nfs-kernel-server

O portmap deve sempre ser inicializado antes dos outros dois serviços, já que ambos dependem dele. O default é que o portmap seja iniciado através do link “/etc/init.d/rcS.d/S43portmap” (carregado no início do boot), enquanto os outros dois serviços são carregados depois, através de links na pasta “/etc/rc5.d” ou “/etc/rc3.d”.

Use os comandos abaixo para corrigir a posição do serviço portmap e verificar se os outros dois estão ativos e configurados para serem inicializados na hora do boot:

# update-rc.d -f portmap remove
# update-rc.d -f nfs-common remove
# update-rc.d -f nfs-kernel-server remove
# update-rc.d -f portmap start 43 S .
# update-rc.d -f nfs-common start 20 5 .
# update-rc.d -f nfs-kernel-server start 20 5 .

Para que o servidor NFS funcione, é necessário que o arquivo “/etc/hosts” esteja configurado corretamente. Este arquivo relaciona o nome do servidor e de cada uma das estações a seus respectivos endereços IP. Se você copiou meu modelo a partir do site, o arquivo estará assim:

# /etc/hosts, configurado para o LTSP 4.2

127.0.0.1 servidor localhost

# Você pode adicionar aqui os endereços IP e os nomes correspondentes
# de cada terminal, caso queira utilizar mais de 8 terminais.

# IMPORTANTE: A primeira linha deve conter o endereço IP e o nome
# (definido durante a configuração da rede) do servidor, ou seja,
# desta máquina. Se o nome for diferente do definido na configuração
# da rede, as estações não sequirão montar o sistema de arquivos do
# LTSP via NFS e travarão no boot.

192.168.0.10 servidor
192.168.0.11 ws001
192.168.0.12 ws002
192.168.0.13 ws003
192.168.0.14 ws004
192.168.0.15 ws005
192.168.0.16 ws006
192.168.0.17 ws007
192.168.0.18 ws008

É importante que você substitua o “servidor” pelo nome correto do seu servidor (que você checa usando o comando “hostname“) e substitua os endereços IP’s usados pelo servidor e pelas estações caso esteja usando outra faixa de endereços. Sem isso, as estações vão continuar parando no início do boot, com uma mensagem de erro relacionada a permissões do NFS.

Com o NFS funcionando, a estação avança mais um pouco no boot. Agora ela consegue montar o diretório raiz e começar o carregamento do sistema, mas para no ponto em que procura pelo arquivo “lts.conf“, que é justamente o principal arquivo de configuração do LTSP, carregado pelas estações no início do boot:

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