Definição de MPEG 2
O formato de vÃdeo MPEG-2, largamente utilizado nos DVDs é um formato de vÃdeo compactado. Isto significa que, antes do vÃdeo poder ser exibido, é preciso decodificá-lo. Esta tarefa exige um grande poder de processamento e pode ser tanto feita através de um programa (software), quanto através de uma placa decodificadora (hardware).
Para fazer a decodificação via software, você só precisará instalar um programa especÃfico. Alguns exemplos são o VLC, Mplayer (no Linux), Cyberlink PowerDVD, Ravisent Cinemaster e Intervideo WinDVD. A maioria dos drives de DVD comprados na caixa virão com pelo menos um software decodificador, mas estes também podem ser comprados separadamente.
O problema é que neste caso é preciso um processador poderoso para assistir os vÃdeos com qualidade; no mÃnimo um Pentium II 350 ou K6-2 400 com 64 MB de RAM. Você até pode assistir os filmes em um micro mais antigo que isso, porém a qualidade ficará comprometida: a quantidade de quadros por segundo irá cair, o som ficará distorcido, a imagem perderá qualidade, etc.
Bem antigamente, os usuários de micros com configuração inferior à minima tinham a opção de usar uma placa decodificadora. A maioria dos Kits DVD à venda no final da década de 1990, como o Creative Dxr2 traziam a placa decodificadora, mas também era possÃvel comprá-la separadamente. Assim como uma placa de vÃdeo 3D, a placa decodificadora inclui um processador dedicado e memória RAM. A placa decodificadora trabalha em conjunto com a placa de vÃdeo, sendo usada apenas para decodificar os filmes, assim como uma Voodoo 2, que é utilizada apenas quando é preciso processar gráficos 3D.
A instalação não é diferente da de uma placa de vÃdeo. Ao instalar a placa decodificadora e inicializar o Windows, será detectado o novo hardware, bastando fornecer os drivers que acompanham a placa.
Existem dois tipos de placas decodificadoras, chamadas de placas Analog Overlay e Digital Inlay. Apesar de ambas realizarem a mesma tarefa, diferem na maneira como a fazem.
As placas que trabalham no sistema de Analog Overlay possuem uma saÃda e uma entrada de vÃdeo. A placa de vÃdeo é conectada à entrada e o monitor à saÃda. A placa recebe os dados lidos pelo drive de DVD, processa o sinal e prepara uma imagem analógica com o filme a ser exibido. No capÃtulo sobre monitores vimos que as placas de vÃdeo atuais enviam sinais analógicos para o monitor. A placa então apenas acrescenta o sinal analógico com o vÃdeo processado e envia tudo para o monitor, na forma de um único sinal. Neste esquema praticamente tudo é feito pela placa decodificadora, permitindo que os filmes possam ser assistidos com qualidade até mesmo em um Pentium 100. Algumas placas trazem como requisito mÃnimo um mero Pentium 75. As placas analógicas são as mais comuns nos Kits DVD, justamente por exigirem menos hardware e apresentarem menos incompatibilidades.
As placas Digital Inlay por sua vez fazem o processamento do vÃdeo, mas o enviam de forma digital para a placa de vÃdeo através do barramento PCI. O sinal então é processado e incorporado à imagem a ser enviada para o monitor. Apesar de em teoria este esquema permitir imagens um pouco melhores (já que não existe o tráfego de sinal analógico entre a placa de vÃdeo e a placa decodificadora), exige um processador bem mais poderoso, no mÃnimo um Pentium 166. Este tipo de placa decodificadora é relativamente raro.
A maioria das placas de vÃdeo 3D à venda atualmente (na verdade praticamente todas), executam um tipo parcial de decodificação via hardware. Algumas partes das tarefas de descompressão, como o "motion compensation" e o "inverse cosine transform" podem ser executadas pela placa de vÃdeo, bastando que para isso haja suporte por parte do chipset de vÃdeo. Usando drivers de vÃdeo adequados, a placa de vÃdeo pode realizar estas tarefas, diminuindo a carga sobre o processador quando estiver decodificando via software. O ganho fica em torno de uns 30%, permitindo assistir os filmes com qualidade em algo como um 233 MMX.