Definição de Imagem binária
Uma imagem binária é uma cópia bia a bit do conteúdo de um HD, DVD, ou qualquer outra mÃdia, contendo tanto os dados, quanto todas as estruturas lógicas, incluindo o conteúdo da trilha MBR, a tabela de partições e a estrutura das partições.
A imagem binária permite que o conteúdo do HD (incluindo os arquivos deletados) ou da mÃdia em questão sejam restaurados posteriormente em outra mÃdia.
Uma das ferramentas mais simples e mais eficazes para fazer isso é o "dd", um pequeno utilitário padrão do Linux, disponÃvel em qualquer distribuição.
Para usá-lo para fazer uma imagem binária de um HD, instale um segundo HD, maior que o primeiro, onde será guardada a cópia. A imagem binária possui sempre exatamente o mesmo tamanho do HD, de forma que um HD de 80 GB, resultará em uma imagem de também 80 GB, mesmo que ele possua apenas 5 GB ocupados. A idéia da imagem binária é salvar não apenas os arquivos que o sistema "vê", mas sim todos dados armazenados nos discos magnéticos, incluindo seus arquivos deletados.
Em seguida, dê boot usando uma distribuição Linux live-CD com que tenha familiaridade, como o Kurumin, Ubuntu, Knoppix, Kanotix, Sidux ou outro. Depois de terminado o boot, abra uma janela de terminal e logue-se como root. Na maioria dos live-CDs, você pode fazer isso digitando simplesmente:
$ sudo su
Em outros você encontrará um link para abrir um terminal como root em algum lugar do menu.
Chame agora o "gparted", rodando o comando no terminal. Use-o para ver como o sistema detectou seus HDs e assim ter certeza de qual é o dispositivo referente ao HD de origem e qual é o do HD de destino. Por padrão, os HDs são detectados como:
Master da IDE primária: /dev/hda
Slave da IDE primária: /dev/hdb
Master da IDE secundária: /dev/hdc
Slave da IDE secundária: /dev/hdd
Primeiro HD SATA: /dev/sda
Segundo HD SATA: /dev/sdb
Terceiro HD SATA: /dev/sdc
Quarto HD SATA: /dev/sdd
Dentro de cada HD, as partições primárias são numeradas de 1 a 4 e as estendidas de 5 em diante. A primeira partição do primeiro HD SATA, por exemplo, seria vista pelo sistema como "/dev/sda1".
Depois de identificados os HDs, o primeiro passo é montar a partição do HD maior, onde será armazenada a imagem. Como disse, esta partição deve ter um volume de espaço livre equivalente ou superior ao tamanho do HD onde estão os dados a se recuperar.
Se o HD destino é o "/dev/sdb" e você vai salvar a imagem na primeira partição primária, então os comandos para montá-la seriam:
# mkdir /mnt/sdb1
# mount /dev/sdb1 /mnt/sdb1
Você deve montar apenas o HD destino. O HD de origem permanece desmontado, pois o sistema se limitará a fazer uma cópia de baixo nÃvel, sem tentar entender os dados gravados.
Para gerar a imagem do HD "/dev/sda", salvando-a no arquivo "sda.img", dentro da partição que acabamos de montar, o comando seria:
# dd if=/dev/sda of=/mnt/sdb1/sda.img
A cópia binária é sempre demorada. Se a transferência de dados entre os dois HDs ficar em média em 30 MB/s, por exemplo, a cópia de um HD de 80 GB demoraria pouco mais de 45 minutos. Infelizmente o dd não exibe um indicador de progresso, pois isso o melhor a fazer é deixar o micro fazendo seu trabalho e ir se preocupar com outra coisa.
Outra opção é fazer a cópia diretamente para o segundo HD. O segundo HD não precisa ser idêntico ao primeiro, nem possuir exatamente a mesma capacidade. A única regra é que ele seja do mesmo tamanho ou maior que o primeiro.
Neste caso, você indica diretamente os dois dispositivos no comando do dd, com ambos desmontados. Para criar uma cópia do /dev/sda, no /dev/sdb (apagando todo o conteúdo do disco de destino), o comando seria:
# dd if=/dev/sda of=/dev/sdb
Este mesmo comando pode ser usado para clonar HDs, em casos onde você precisa instalar o sistema em vários micros iguais.