Definição de HD de 3.5

Por Carlos E. Morimoto. Há .

Quando falamos em HDs de 2.5", ou Hds de 3.5", estamos nos referindo ao diâmetro dos discos magnéticos.

Os primeiros HDs eram gigantescos, e utilizavam discos de até 24 polegadas de diâmetro. Com o passar das décadas, os discos foram encolhendo, até chegar ao que temos hoje.

Como tudo na vida, existem receitas ideais para o tamanho dos discos magnéticos, de acordo com a área onde eles serão utilizados.

O problema em produzir discos muito compactos é que a superfície de gravação fica exponencialmente menor, permitindo gravar um volume menor de dados. Apesar disso, os demais componentes continuam custando quase o mesmo (ou até mais, dependendo da escala de miniaturização necessária). Isso faz com que o custo por megabyte cresça, conforme o tamanho físico do HD diminui. Um exemplo prático disso é a diferença no custo por megabyte entre os HDs de 2.5" para notebooks e os modelos de 3.5" para desktops.

A partir de um certo nível de miniaturização, o custo por megabyte se torna mais alto que o dos cartões de memória Flash, e os HDs deixam de ser viáveis. O melhor exemplo é o HD de 0.85" apresentado pela Toshiba em 2005, que tinha como objetivo atender o mercado de palmtops e smartphones. Ele era tão pequeno que podia ser produzido no formato de um cartão SD e possuía um consumo elétrico baixíssimo. O problema é que ele seria lançado em versões de apenas 2 e 4 GB, com preços a partir de US$ 150. Com a rápida queda no custo da memória Flash, logo surgiram cartões de 2 e 4 GB que custavam menos, de forma que o mini-HD acabou não encontrando seu lugar no mercado e foi descontinuado silenciosamente.

O interessante é que o oposto também é verdadeiro. HDs com discos muito grandes também acabam sendo inviáveis, pois são mais lentos e mais passíveis de problemas que HDs baseados em discos menores. Isso se deve a vários fatores.

O primeiro é a questão da rotação, já que discos maiores são mais pesados e demandam um maior esforço do motor de rotação, consumindo mais energia e gerando mais calor e mais barulho. Discos maiores também acabam sendo menos rígidos, o que impede que sejam girados a velocidades muito altas e tornam todo o equipamento mais sensível a impactos. Dobrar o diâmetro dos discos faz com que a rigidez proporcional seja reduzida em até 75%.

O segundo é a dificuldade de produção. Com o avanço da tecnologia, a mídia de gravação precisa ser cada vez mais fina e uniforme. Quanto maiores os discos, mais difícil é recobrir toda a superfície sem o surgimento de um grande número de pontos defeituosos.

Como se não bastasse, temos o terceiro motivo, que é o maior tempo de acesso, já que com uma superfície maior as cabeças de leitura demoram muito mais tempo para localizar os dados (justamente devido à maior distância a ser percorrida). Se combinarmos isso com a velocidade mais baixa de rotação, acabamos tendo uma redução muito grande no desempenho.

Isso explica porque os HDs com discos de 5.25" usados nos primeiros PCs foram rapidamente substituídos pelos de 3.5". O pico evolutivo dos HDs de 5.25" foram os Quantum Bigfoot, produzidos até 1999, em capacidades de até 18 GB. Embora eles armazenassem um maior volume de dados por platter, a velocidade de rotação era bem mais baixa (apenas 3600 RPM), os tempos de acesso eram maiores e, ainda por cima, a durabilidade era menor.

Os HDs de 3.5" e de 2.5" atuais parecem ser o melhor balanço entre os dois extremos. Os HDs de 3.5" oferecem um melhor desempenho, mais capacidade de armazenamento e um custo por megabyte mais baixo (combinação ideal para um desktop), enquanto os HDs de 2.5" são mais compactos, mais silenciosos, consomem menos energia e são mais resistentes a impactos, características fundamentais no caso dos notebooks.

Temos ainda os HDs de 1.8" (mais finos e do tamanho de um cartão PCMCIA), que são usados em notebooks ultra-portáteis, além de mp3players e alguns dispositivos de armazenamento portátil.

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