Definição de Banias

Por Carlos E. Morimoto. Há .

Com o lançamento do Pentium 4, em 2001, a Intel fez um movimento arriscado, investindo em um processador com um longo pipeline (a primeira versão do Pentium 4 trabalhava com 20 estágios, contra 10 do Pentium III e 11 das primeiras versões do Athlon). Dobrar o número de estágios no processador é como dobrar o número de funcionários em uma linha de produção, fazendo com que cada um faça metade do trabalho e a esteira corra duas vezes mais rápido. Por um conjunto de fatores, o Pentium 4 acabou se revelando um projeto bastante ineficiente e acabou dando lugar ao Core 2 Duo e seus derivados, a partir de 2006.

O Banias é a primeira geração do Pentium-M e justamente o ancestral do Core 2 Duo.

Tudo começou com a idéia de desenvolver um processador de baixo consumo, que pudesse ser usado em notebooks, área que os processadores derivados do Pentium 4 não atendiam muito bem devido ao grande consumo elétrico.

O desenvolvimento deste processador de baixo consumo ficou a cargo de um grupo de engenheiros sediados em Israel, que passaram a trabalhar em uma versão aprimorada do antigo Pentium III, um processador com menos estágios e menos transístores, incapaz de atingir freqüências de operação muito altas, mas que, em compensação, oferecia um desempenho por clock muito superior ao do Pentium 4.

A idéia era trabalhar para reforçar os pontos fortes do Pentium III e minimizar seus pontos fracos, produzindo um processador com um desempenho por ciclo ainda melhor, mas que, ao mesmo tempo, consumisse menos energia e fosse capaz de operar a freqüências mais altas.

A primeira encarnação do novo processador foi o core Banias (lançado em 2003), que chegou ao mercado na forma da primeira versão do Pentium-M. Muitos defendem que o Banias recebeu tantas melhorias em relação ao Pentium III, que pode ser considerado um novo projeto em vez de uma evolução deste. Como neste caso os critérios são subjetivos, você pode aderir a qualquer uma das duas linhas, como preferir.

O Banias foi fabricado numa técnica de produção de 0.13 micron, com 64 KB de cache L1 e 1 MB de cache L2 e em versões de até 1.6 GHz. O barramento com o chipset (o principal ponto fraco do Pentium III) foi substituído pelo mesmo barramento de 400 MHz utilizado do Pentium 4, reduzindo o gargalo na conexão com a memória.

O Banias recebeu ainda o reforço das instruções SSE2 e uma versão aprimorada do SpeedStep, que gerencia dinamicamente o clock, tensão e componentes internos do processador, desativando os componentes que não estão em uso e reduzindo a freqüência nos momentos de pouca atividade, reduzindo bastante o consumo do processador. Um Banias de 1.6 GHz consome 24 watts ao operar na freqüência máxima, mas consome pouco mais de 4 watts quando ocioso, operando na freqüência mínima.

Junto com o Banias, veio a marca "Centrino", uma jogada de marketing da Intel, para vender o pacote completo, com o processador, chipset e placa wireless. Apenas os notebooks com os três componentes podem usar a marca "Centrino", criando uma certa pressão sobre os fabricantes.

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