Pix completa 2 anos; confira alguns números do método de pagamento instantâneo

Como diria Cazuza, “o tempo não para”. Nesta quarta-feira (16) o nosso tão amado e querido Pix está completando dois anos de idade. No dia 16 de novembro de 2020 o Banco Central (BC) lançou esse método de pagamento instantâneo que veio revolucionar a forma como os brasileiros compram, vendem e recebem. Nos próximos parágrafos você confere alguns dados e curiosidades sobre o Pix.

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Criação e desenvolvimento do Pix

O Pix foi disponibilizado para o público no dia 16 de novembro de 2020. Mas a sua criação começou alguns anos antes. No dia 03 de maio de 2018, o Banco Central criou um grupo de trabalho com o objetivo de desenvolver um método de pagamento instantâneo entre diferentes bancos.

Banco Central
Banco Central começou a desenvolver o Pix em 2018

Até então, os métodos mais comuns para transferência de dinheiro eram o DOC (Documento de Crédito) e o TED (Transferência Eletrônica Disponível). Em nenhum deles o dinheiro caía na hora. Ao receber um DOC o beneficiário tinha que esperar o dia útil seguinte para receber o dinheiro. O TED caia no mesmo dia, mas desde que fosse feito em dias úteis e até às 17 horas. O Pix surgiu para tornar tudo isso obsoleto.

Após a criação do grupo de trabalho, o Pix demorou 2 anos e 6 meses para ser desenvolvido. E eu fui um early adopter. Mas confesso que não me lembro qual a primeira transação em Pix que eu fiz. Provavelmente tenha sido uma transferência de pessoa para pessoa. Conforme você pode ver no gráfico abaixo, esse é o principal tipo de transação feita no Pix. Só no primeiro dia o Pix já teve mais de 1 milhão de transações.

Algumas curiosidades e recordes

Não há dúvidas de que o Pix é um verdadeiro sucesso e caiu nas graças do público. Só em 2022 este método de pagamento já movimentou R$ 7,5 trilhões! Desde setembro de 2021 que o número de transações no Pix ultrapassa a casa de 1 bilhão.

Por falar em recordes, em dezembro de 2021, o método Pix bateu pela primeira vez o número de 1,44 bilhões de transações. Em janeiro de 2022 esse número caiu para 1,2 bilhão e desde então ele só cresceu. Em setembro de 2022 foram feitos 2,3 bilhões de Pix. O dia com o maior volume financeiro já movimentado foi 07 de novembro, uma segunda-feira. Mais de R$ 56 milhões foram movimentados em um único dia. O número de transações nesse dia foi de 89.812.675.

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Valores movimentados mensalmente no Pix

Durante a semana, os dias menos movimentados são domingos e feriados. Nesses dias, tanto os valores transferidos quanto o número de transações diminui bastante. Uma curiosidade é que no período das 3 da manhã há um pico de valores transacionados em comparação com outros horários da madrugada. São os frequentadores dos “portões pretos” pagando o que consumiram.

Outras formas para usar o Pix

Obviamente que como toda tecnologia que se populariza, logo surgem outras formas de utilizá-la. Ao fazer um Pix você pode enviar uma mensagem de até 100 caracteres. Então não demorou para que o método de pagamento se transformasse em uma espécie de “app de paquera”. A pessoa envia um valor no Pix e manda a cantada junto com o dinheiro. Inclusive houve até um caso de um homem que foi preso por importunar sua ex via Pix.

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Outro uso comum do Pix é como alternativa ao Super Chat. Em lives no YouTube, por exemplo, os espectadores podem enviar um Super Chat. Mas alguns enviam um Pix e escrevem a mensagem a ser lida no campo de texto.

E com a popularização das fintechs e a facilidade no uso do Pix, hoje em dia até vendedores ambulantes na praia e nos semáforos aceitam o método de pagamento. Outro efeito colateral que eu percebi foi a diminuição de dinheiro em espécie. Às vezes eu passo semanas sem precisar sacar ou usar dinheiro vivo. E só passei perrengue uma vez quando estacionei o carro em um lugar que não aceitava cartão de crédito, débito e nem Pix.

Não podia faltar os golpes

É claro que um método de pagamento tão fácil, popular e instantâneo também atraiu a atenção de golpistas. Inclusive houve um caso engraçado de tentativa de golpe no Pix. A empresária Jéssica Rodriguez é dona de uma marca de roupas e recebeu um comprovante Pix falsificado. O que diferencia essa história de tantos casos parecidos foi a forma como o golpista tentou falsificar o comprovante.

Ele simplesmente tirou um print da tela de transferência do Nubank e no botão onde diz “Transferir” ele adicionou um “IDO” com uma das fontes do Instagram. Veja a imagem abaixo:

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Esse caso é engraçado de tão tosco que foi. Mas é claro que existem golpes mais sofisticados. Em especial os que usam phishing ou engenharia social são mais difíceis de reconhecer. Portanto, todo cuidado é pouco na hora de fazer um Pix.

Fontes: Banco Central 1 e Banco Central 2

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