Pesquisadores da Universidade de Stanford criam um drone com pernas

Engenheiros da Universidade de Stanford trabalham em um robô que é parte drone e parte falcão peregrino. A metade superior do robô parece um drone comum projetado para voar pelo ar com quatro hélices. A metade inferior, porém, tem um par de pés com garras que deixa o bicho com um visual bem esquisito.

Os engenheiros criaram pernas inspiradas no falcão-peregrino. O objetivo da criação do robô é permitir que a máquina fique empoleirada em um galho, assim como um pássaro. A capacidade de um drone voar e pousar em uma árvore é uma melhoria significativa em relação aos drones atuais. Eles normalmente requerem terreno plano para decolar e pousar. Um desafio significativo para os engenheiros é a variabilidade infinita de galhos de árvores em que o robô precisa ser capaz de pousar enquanto opera no mundo real.

Leia também
Este robô drone consegue andar de skate e até se equilibrar em uma corda bamba
Xiaomi anuncia o CyberDog, um cão-robô

Olhando para os pássaros comuns, parece que o voo e a aterrissagem são bem fáceis. Mas empoleirar-se em um galho é particularmente difícil, ainda mais para um robô que voa. O grande problema é que não existem dois ramos iguais. Os galhos diferem em tamanho, forma, textura e largura. Alguns serão cobertos por pequenos gravetos que crescem de sua superfície e folhas. Enquanto outros podem estar cobertos de musgo. Os pássaros não têm problemas em pousar em qualquer galho que escolherem. Mas projetar um robô voador capaz de fazer a mesma coisa já é outra história!

SNAG

O sistema que os engenheiros de Stanford criaram é chamado de Stereotyped Nature-Inspired Aerial Grasper (Pinça Aérea Estereotipada Inspirada na Natureza), abreviado para SNAG. As pernas nas formas das pernas de um pássaro permitem que o robô se mova pelo céu como um drone típico, mas dá a ele a capacidade de carregar objetos e pousar em várias superfícies.

Em sua pesquisa, os cientistas estudaram papagaios. Eles voaram entre poleiros especiais feitos de materiais e tamanhos variados. Os poleiros eram feitos de madeira, espuma, lixa e teflon. Todos foram incorporados a sensores que permitiram à equipe registrar a força física de preensão das aves. Cinco câmeras de alta velocidade registraram os movimentos do pássaro durante o voo e o pouso.

A estrutura da perna dos drones, impressa em 3D, sofreu 20 mudanças ao longo do projeto. Enquanto o pássaro tem músculos e tendões controlando suas pernas, o robô voador tem pernas controladas por motores e linhas de pesca.

Como no pássaro, as pernas do robô foram projetadas para absorver a energia do impacto da aterrissagem e convertê-la em força de preensão. O design bioinspirado das pernas do robô resultou em uma ação surpreendentemente forte e de alta velocidade, podendo fechar os pés em apenas 20 milissegundos.

da12d8baa2398e9e5f601f362b92f52b

 

Desempenho nos testes e próximos passos

Nos testes, o sistema de agarrar do SNAG foi capaz de pegar objetos lançados à mão, incluindo um boneco, um saquinho de feijão e uma bola de tênis. O robô voador foi testado em uma floresta e os engenheiros descobriram que o SNAG tem um desempenho extremamente bom.

No mundo real, ele foi capaz de funcionar tão bem que a equipe decidiu que a próxima etapa no desenvolvimento vai se concentrar no que acontece antes do pouso, para ajudar a melhorar o controle de voo e a consciência situacional. Alguns usos potenciais para drones desse tipo podem ser a realização de pesquisas ambientais e operações de busca e salvamento.

Fonte: Stanford News

Postado por
Cearense. 37 anos. Apaixonado por tecnologia desde que usou um computador pela primeira vez, em um hoje jurássico Windows 95. Além de tech, também curto filmes, séries e jogos.
Siga em:
Compartilhe
Deixe seu comentário
Veja também
Publicações Relacionadas
Img de rastreio
Localize algo no site!