“O pássaro está livre”; diz Elon Musk após se tornar oficialmente o CEO do Twitter

Nesta sexta-feira (28) ocorreu o capítulo final da novela mexicana “Elon Musk x Twitter”! Conforme adiantamos ontem, o bilionário Elon Musk finalmente concluiu a compra da rede social do pássaro azul. “O pássaro está livre”, tuitou o empresário nesta manhã. O CEO e CFO do Twitter já foram demitidos, o que significa que Musk é definitivamente o novo chefão da rede social.

Já faz muito tempo que Elon Musk diz que o Twitter, enquanto “praça digital”, está chato e com uma política “mais à esquerda”. O empresário pretende mudar isso. O objetivo do magnata é tornar o Twitter um espaço adequado para todos expressarem suas opiniões e ideias. Mas, claro, será preciso seguir as leis vigentes em cada país. O Twitter não será “terra de ninguém”, garante o também CEO da Tesla e SpaceX.

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Reações de órgãos governamentais

Alguns órgãos governamentais já começaram a reagir à notícia da aquisição do Twitter por Elon Musk. Thierry Breton, comissário de mercado interno da União Europeia (UE), respondeu ao tweet de Musk dizendo o seguinte: “Na Europa, o pássaro terá que voar sob nossas regras”.

O comissário usou a hashtag DSA, que é a sigla para a Lei de Serviço Digitais da União Europeia. Thierry aproveitou para retuitar um vídeo onde ele aparece ao lado de Musk comentando sobre a DSA. Pelo menos no vídeo, o empresário diz que a lei está de acordo com o que ele acredita.

https://twitter.com/ThierryBreton/status/1523773895974612992

A Lei de Serviços Digitais (DSA) foi criada pela União Europeia com o intuito de proteger os usuários. Para tanto, as plataformas digitais precisam cumprir algumas regras, dentre elas:

  • Proteção contra conteúdos ilegais e sensíveis;
  • Proteção dos direitos básicos;
  • Banir perfis que divulgam dados pessoais;
  • Combater a desinformação e as fake news;
  • Comunicar de forma clara o motivo de suspensões e remoções de conteúdo.

Anunciantes também estão preocupados

Não é só os órgãos governamentais que estão “preocupados” com a aquisição do Twitter. Os anunciantes também. E para tranquilizá-los, Elon Musk publicou uma carta aberta nesta quinta-feira (27). Nela o novo CEO do Twitter diz que não quer que o mundo continue polarizado, com a sociedade dividida entre redes sociais de esquerda e direita.

Elon Musk Twitter

Todo esse discurso é muito legal e bonito. Mas eu estou de fato curioso para saber como Elon Musk pretende fazer isso. Há anos que as redes sociais, tais como Facebook, Instagram, YouTube e mensageiros como WhatsApp e Telegram, falham em combater discursos de ódio e desinformação.

Ao longo dos anos, em especial após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, as redes sociais já implementaram diversas medidas para tentar combater as fake news e os discursos de ódio. Sem sucesso. No caso do Twitter, a situação é ainda mais delicada, já que a plataforma é a principal fonte de informações para muitas pessoas.

Voltando aos anúncios, na carta aberta Elon Musk diz que quer mudar um pouco os anúncios veiculados na plataforma. Ele disse: “Anúncios de baixa relevância são spams, mas anúncios com alta relevância são conteúdos”.

E agora, mais do que nunca, o Twitter precisará lucrar como nunca lucrou em toda a sua história. US$ 44 bilhões de dólares (R$ 235 bilhões) é muito dinheiro até para o homem mais rico do mundo. Musk precisou fazer um empréstimo bancário para comprar a rede social. E é lógico que ele vai querer recuperar o dinheiro.

Fontes: Mashable, Reuters e The Guardian

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Cearense. 37 anos. Apaixonado por tecnologia desde que usou um computador pela primeira vez, em um hoje jurássico Windows 95. Além de tech, também curto filmes, séries e jogos.
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