O longo embate jurídico que tentava impedir a aquisição da Activision Blizzard King por parte da Microsoft chegou oficialmente ao fim. Após ver seu último recurso rejeitado no início de maio, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) formalizou a retirada do processo que buscava bloquear o acordo bilionário.
O encerramento da disputa foi confirmado por Brad Smith, presidente da Microsoft, que divulgou publicamente o documento entregue à Justiça. Na publicação, ele destaca um trecho da própria FTC, que reconhece que “o interesse público é melhor atendido com o encerramento dessa ação administrativa”.
Today’s decision is a victory for players across the country and for common sense in Washington, D.C. We are grateful to the FTC for today’s announcement. https://t.co/nnmUI76q0l pic.twitter.com/KgLxhZppx3
— Brad Smith (@BradSmi) May 22, 2025
Fim de uma batalha que já parecia definida
Foram quase dois anos de idas e vindas nos tribunais. Desde o início, a tentativa da FTC de travar uma negociação avaliada em quase 69 bilhões de dólares se mostrava uma missão difícil. Principalmente porque, ao longo do processo, a própria Microsoft adotou uma série de medidas para aliviar as preocupações do mercado sobre possíveis riscos à concorrência.
Entre os principais movimentos da empresa estão os acordos de longo prazo firmados com gigantes como Sony, Nintendo e NVIDIA. Esses contratos garantem que várias franquias da Activision Blizzard permaneçam disponíveis em múltiplas plataformas, assegurando a competitividade e evitando o temido efeito de monopólio no mercado de games.
Compromissos vão além dos consoles
O pacote de compromissos assumidos pela Microsoft não ficou restrito ao universo dos consoles. A empresa também precisou apresentar garantias robustas no segmento de cloud gaming, um dos pontos mais sensíveis durante toda a análise regulatória.
Na prática, isso significa que títulos populares da Activision devem continuar acessíveis não só em plataformas tradicionais, mas também em serviços de jogos na nuvem, promovendo um ambiente mais aberto e competitivo.
E agora?
Passados quase dois anos desde que o processo foi aberto, o saldo até aqui mostra que a Microsoft cumpriu a maior parte do que prometeu para convencer os órgãos reguladores. Ainda assim, resta acompanhar como esses compromissos serão mantidos no longo prazo, especialmente em um mercado que muda tão rápido quanto o de tecnologia e games.