A rede social X sofreu uma queda global na última segunda-feira (10) devido a um ataque massivo de negação de serviço (DDoS). Elon Musk afirmou que os endereços de IP envolvidos na ofensiva se originaram na Ucrânia, destacando a gravidade da investida. O bilionário mencionou ainda que os ataques foram coordenados por um grupo com “muitos recursos”.
O incidente deixou o X inacessível por várias horas, impossibilitando o carregamento do site no navegador e causando falhas no aplicativo. Dados do Downdetector indicam que o pico de reclamações ocorreu por volta das 7h30 (horário de Brasília), afetando usuários em diversos países, incluindo o Brasil.
Quem está por trás do ataque?
Poucas horas após a queda da plataforma, o grupo hacktivista Dark Storm Team assumiu a autoria do ataque em seu canal no Telegram. “O Twitter foi derrubado pelo time Dark Storm”, escreveram os hackers, utilizando propositalmente o antigo nome da rede social como possível provocação a Elon Musk.
O Dark Storm Team surgiu em 2023 e tem sido apontado por especialistas em cibersegurança como um grupo de operações avançadas, focado em ataques contra entidades governamentais e tecnológicas. Segundo informações do site News18, suas ações têm como alvos frequentes países da OTAN, Israel e nações aliadas. Além disso, sua ideologia é classificada como pró-Palestina, o que influencia na escolha de seus alvos.
Em seu comunicado no Telegram, o grupo compartilhou provas do colapso do X, afirmando que haviam conseguido “desconectar Twitter”. A ofensiva foi realizada em múltiplas ondas, o que dificultou a recuperação da plataforma e evidenciou vulnerabilidades em sua infraestrutura.
O que é um ataque DDoS?
O DDoS (Distributed Denial of Service) é um tipo de ataque cibernético que sobrecarrega um serviço com um grande volume de solicitações simultâneas, tornando-o inacessível para usuários legítimos. Embora não exija um alto nível de sofisticação técnica, quando feito de maneira coordenada, pode causar interrupções prolongadas, como ocorreu com o X.
Vale destacar que os ataques DDoS são realizados remotamente, o que significa que, mesmo que os IPs envolvidos apontem para a Ucrânia, os responsáveis podem estar operando de qualquer lugar do mundo.
X já foi restabelecido
O X voltou a operar normalmente ainda na segunda-feira (10), sem indícios de danos permanentes. Até o momento, a empresa não forneceu mais detalhes sobre o ataque ou medidas adicionais de segurança adotadas.
