Com IA e menos de US$ 100 mil, já seria possível criar um vírus mais letal que a Covid-19, alerta CEO da Microsoft AI

Com ferramentas acessíveis e menos de US$ 100 mil, a IA já permite criar vírus potencialmente mais letais que a Covid-19, segundo o CEO da Microsoft AI.

Imagine um vírus mais letal que a Covid-19, criado fora de um laboratório estatal, por uma pessoa comum com conhecimento técnico intermediário e acesso a ferramentas de código aberto. Não se trata de ficção científica. Segundo Mustafa Suleyman, CEO de IA da Microsoft e cofundador da DeepMind, esse cenário é viável. E barato.

A combinação entre inteligência artificial, biologia sintética e plataformas de edição genética está abrindo espaço para um novo tipo de ameaça: as pandemias programadas.

Biologia algorítmica: o perigo está no acesso, não na intenção

Para Suleyman, o avanço das ferramentas como CRISPR e os modelos de IA capazes de simular mutações tornaram a criação de patógenos extremamente acessível. Com menos de US$ 100 mil, um estudante de biologia com habilidades técnicas medianas poderia desenvolver um agente infeccioso mais potente que o SARS-CoV-2.

Essa nova fronteira é conhecida como biologia algorítmica”a capacidade de combinar códigos genéticos artificiais com simulações computacionais para produzir organismos nunca antes vistos na natureza. E o mais assustador, segundo ele, é que esse processo não exige instalações secretas nem infraestrutura militar.⁠⁠⁠⁠

Projetos genéticos aceleram um risco pouco compreendido

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O “Human Genome Project-Write”, ou Genoma Humano Escrito, é citado por Suleyman como um divisor de águas. Ele busca multiplicar por mil a capacidade de sintetizar DNA em laboratório. Na prática, isso significa que teremos ferramentas para produzir material genético em escala industrial — inclusive vírus e bactérias, se houver intenção ou falha ética.

E diante da lentidão das respostas sanitárias, como vimos na pandemia de Covid-19, esse tipo de avanço pode colocar a humanidade em xeque. É uma ameaça real, de baixíssimo custo e altíssimo impacto”, alerta o executivo.⁠⁠⁠

Quando a IA se torna a arma invisível

Suleyman não está sugerindo que a IA criará vírus por conta própria. O alerta é mais sutil e talvez mais perigoso: a tecnologia pode ser usada como acelerador de processos biológicos que, antes, exigiriam anos de pesquisa e milhões em investimento. Agora, o tempo e o custo caíram — e o risco disparou.

Com algoritmos simulando mutações, prevendo estruturas virais e otimizando transmissibilidade, a IA se torna uma aliada de quem quiser explorar as brechas da biotecnologia moderna.⁠⁠⁠

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Editor-chefe no Hardware.com.br/GameVicio Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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