ChatGPT não quer ser o novo Google — e isso é intencional, revela CEO da OpenAI

Sam Altman, CEO da OpenAI, explica por que o ChatGPT não foi criado para substituir o Google, mas sim para ajudar as pessoas de forma direta, sem distrações nem manipulação.

Durante uma conversa no podcast apresentado por seu irmão, Sam Altman, CEO da OpenAI, compartilhou uma visão que vai na contramão das comparações mais comuns envolvendo o ChatGPT. Em vez de competir diretamente com o Google, a plataforma de IA quer seguir um caminho próprio — centrado no usuário e livre de pressões publicitárias.

“ChatGPT só tenta me ajudar com o que eu peço. Isso é ótimo”, resumiu o executivo, numa crítica indireta ao modelo de negócios adotado por big techs como Google, Meta e Apple.

A declaração veio à tona no podcast Uncapped, comandado por Jack Altman, irmão mais novo de Sam. No episódio, o CEO refletiu sobre o papel da IA no cotidiano e como o design do ChatGPT foi pensado para ser mais uma ferramenta de apoio direto do que uma alternativa ao mecanismo de busca mais popular do mundo.

O que diferencia o ChatGPT de Google, Meta e Apple?

Sam Altman foi direto ao expor o que considera falhas dos serviços dominantes no setor de tecnologia. Segundo ele:

  • Google quer te mostrar anúncios antes de te mostrar boas respostas.

  • Meta tenta manipular seu comportamento e te manter preso na rolagem infinita.

  • Apple, apesar de criar ótimos produtos, te bombardeia com notificações e distrações.

Já o ChatGPT, na visão de Altman, quer apenas entregar o que o usuário pede — sem estratégias para capturar atenção ou empurrar conteúdo. “A filosofia da OpenAI é outra: queremos que as pessoas saiam do ChatGPT se sentindo melhor, não arrependidas por terem passado tempo nele”, afirmou.

O curioso elogio vindo de dentro da Meta

Durante o bate-papo, Sam compartilhou uma conversa que teve com um funcionário da Meta. A frase foi reveladora:

“Lá dentro, eles veem o ChatGPT não como um substituto para o Google, mas como um substituto para o Facebook. Porque a forma como se comunicam com ele é diferente — e mais satisfatória.”

Essa percepção reforça a ideia de que a IA da OpenAI está ocupando um espaço que vai além da busca tradicional: está se tornando um ambiente de interação digital mais leve, objetivo e ético, segundo seus próprios criadores.

Uma visão otimista (mas com ressalvas)

É claro que um CEO falando de sua própria empresa carrega um viés. Mas o argumento de Altman se alinha a uma preocupação crescente entre usuários e especialistas: a exaustão diante de sistemas digitais que maximizam lucro às custas da atenção humana.

Ainda é cedo para saber se o ChatGPT manterá essa postura conforme evolui e se expande — especialmente diante de pressões por rentabilidade. Mas o discurso de Altman serve como um contraponto interessante no debate sobre o futuro da IA e do relacionamento entre humanos e máquinas.

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Editor-chefe no Hardware.com.br/GameVicio Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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