Xiaomi começará a projetar seus próprios processadores para celulares

A chinesa Xiaomi está dando passos estratégicos para se destacar ainda mais na indústria de smartphones. A empresa anunciou planos para projetar e fabricar seus próprios processadores móveis, visando reduzir a dependência de fornecedores internacionais como Qualcomm e MediaTek.

Autossuficiência tecnológica da China

A decisão da Xiaomi vai além de questões comerciais. Ela está em sintonia com a política do governo chinês de promover a independência tecnológica e diminuir a dependência de componentes importados. Recentemente, o governo chinês deixou claro que não quer que empresas locais comprem chips da NVIDIA. 

A abordagem lembra iniciativas de empresas como Google, com seu chip Tensor, e Apple, com o Apple Silicon, que já demonstraram o potencial de projetar chips sob medida para integrar seus ecossistemas de produtos.

Produção em Massa Prevista para 2025

Xiaomi

Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, a produção em larga escala dos processadores próprios da Xiaomi deve começar em 2025. Apesar de detalhes específicos ainda não terem sido revelados, espera-se que os chips tragam avanços significativos no desempenho dos futuros smartphones da marca.

Além disso, a Xiaomi pode expandir o uso de seus chips para outras linhas de produtos, como tablets, dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e até veículos elétricos, áreas em que a empresa já tem forte presença.

Você também deve ler!

Xiaomi explica porque os celulares topo de linha estão ficando cada vez mais caros

Com o desenvolvimento de seus próprios processadores, a Xiaomi entra em uma competição acirrada com gigantes do setor, buscando maior controle sobre o hardware e o software de seus dispositivos. Essa iniciativa pode representar um divisor de águas, consolidando a empresa como líder em inovação tecnológica e eficiência de produção. Segundo dados da Counterpoint, a Xioami ocupa atualmente a terceira colocação global no mercado de smartphones, com 14%; atrás da Apple (17%) e Samsung (19%).

A capacidade de criar soluções personalizadas não apenas reforça a posição da Xiaomi no mercado, mas também amplia suas perspectivas em um cenário global cada vez mais focado em tecnologias autossuficientes.

Postado por
Editor-chefe no Hardware.com.br. Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Siga em:
Compartilhe
Deixe seu comentário
Localize algo no site!