WebM Community Cross-License: mais poder para o WebM

A pressão contra o WebM é grande. Adoção não tão rápida, críticas de todos os lados e trolls de patentes… Mas aos poucos a coisa está mudando.

O grupo por trás do formato está criando um sistema de licenciamento onde empresas que possam ter patentes violadas pelo WebM passem a apoiar o projeto – e até mesmo outras que não tenham, mas que gostariam de ajudar de alguma forma. As patentes dos membros serão de uso livre pelos outros participantes, evitando processos e dando mais forças para o WebM no mundo em geral. Nasce aí a WebM Community Cross-License, já com 17 membros fundadores, alguns nada pequenos:

  • AMD
  • Cisco Systems
  • Google Inc.
  • HiSilicon Technologies
  • LG Electronics
  • Logitech
  • Matroska
  • MIPS Technologies
  • Mozilla Corporation
  • Opera Software
  • Pantech
  • Quanta Computer
  • Samsung Electronics Co., Ltd.
  • STMicroelectronics
  • Texas Instruments
  • Verisilicon Holdings
  • Xiph.org Foundation

Assim, quando a MPEG-LA tentar intimidar o grupo, este estará grande e provavelmente terá algumas patentes que poderão usar contra a MPEG-LA de alguma forma para fazê-la calar a boca.

Essa organização é uma das poucas formas de passar por cima dos trolls de patentes: justamente arrumar parceiros que tenham uma grande quantidade de patentes também. Vale lembrar que a MPEG-LA estava louca atrás de qualquer um que pudesse ter patentes violadas pelo WebM/VP8 para juntar dados e ir contra o Google nos tribunais, exigindo pagamento dos direitos.

É curioso notar que pelo menos Cisco, LG e Samsung também licenciam o H264, mostrando que podem ter interesse em apoiar também o WebM em seus produtos. Ainda vai demorar para termos no mercado global câmeras e acessórios que gerem arquivos no formato, mas isso parece que já está a caminho. É barato e interessante para os fabricantes um formato aberto, livre de royalties – ao fazer uma câmera que grava um arquivo codificado em H264, o produtor precisa pagar para os detentores dos direitos, cobrança essa que não existe com o WebM.

Ah, o grupo recém criado também responde a uma das perguntas da Microsoft sobre o WebM: a falta de uma entidade que represente o WebM juridicamente, disposta a lutar com patentes, se necessário, para defendê-lo. Isso, por si só, pode abrir as portas para que outras empresas usem o formato. A Microsoft mesmo pode ser uma delas. Ela se mostrou, indiretamente, disposta a incluir suporte nativo no IE caso o formato tivesse um grande representante que respondesse juridicamente em casos de processos, ameaças, etc.

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