Warner Bros desiste do live-action de Akira após 20 anos de tentativas e devolve os direitos à Kodansha

Após 20 anos de tentativas e milhões investidos, a Warner Bros. abandona o live-action de Akira. Kodansha retoma os direitos e negocia com novos estúdios.

Duas décadas, múltiplos diretores, milhões de dólares e nenhuma cena filmada. Após anos tentando tirar do papel a adaptação live-action de Akira, a Warner Bros. finalmente desistiu, informa o The Hollywood Reporter. A gigante de Hollywood optou por não renovar o contrato de licenciamento da obra, e os direitos do projeto agora retornam às mãos da editora japonesa Kodansha, responsável pelo mangá original.

O anúncio marca o fim de uma das maiores novelas da indústria cinematográfica envolvendo obras japonesas. E ainda que isso não signifique o fim definitivo do sonho de ver uma Neo-Tóquio realista nas telonas, o caminho até lá continua longo e incerto.

Interesses renovados: corrida por Akira pode recomeçar com novos players

Live action de Akira e adiado mais uma vez 1280x720 1

Segundo fontes do The Hollywood Reporter, há um interesse considerável em torno da obra, tanto por parte de estúdios tradicionais quanto de plataformas de streaming. Artistas e produtores estariam ansiosos para se envolver no projeto, o que abre margem para que Kodansha reinicie as negociações com mais controle criativo e menos interferência externa.

Ainda não há nomes confirmados, mas especula-se que reuniões com estúdios e serviços como Netflix, Prime Video e Apple TV+ já estejam no radar da editora japonesa.

Da revolução animada aos bastidores problemáticos: o legado de Akira

 

Lançado originalmente como mangá em 1982, Akira só alcançou projeção global em 1988, com o longa-metragem animado dirigido por Katsuhiro Otomo. O filme se tornou um divisor de águas não apenas para a animação japonesa, mas para o cinema mundial — combinando uma estética visual sem precedentes com uma trama densa, distópica e provocadora.

O impacto foi tão grande que, em 2002, a Warner adquiriu os direitos para transformar a obra em um blockbuster com atores. O primeiro nome cotado para dirigir foi Stephen Norrington, então em alta após Blade. Mas o fracasso de seu projeto seguinte, A Liga Extraordinária, comprometeu seu prestígio e paralisou o plano.

Decepções, trocas e Leonardo DiCaprio: a saga sem fim da adaptação

A Warner tentou repetidamente ressuscitar o projeto. Ao longo dos anos, nomes como Ruairi Robinson, Jaume Collet-Serra e até Leonardo DiCaprio (como produtor) estiveram envolvidos. Nada avançou de fato. O último esforço mais concreto veio em 2017, com Taika Waititi assumindo a direção. Chegaram a ser feitas seleções de elenco no Japão, e uma data de estreia — abril de 2021 — chegou a ser anunciada.

Mas, novamente, a realidade bateu à porta: outros compromissos de Waititi, incluindo Thor: Amor e Trovão, interromperam o cronograma. O projeto foi engavetado e, desde então, nunca mais deu sinais de vida.

E agora? Futuro do live-action de Akira segue indefinido, mas não enterrado

A devolução dos direitos à Kodansha não é apenas um encerramento — é também uma oportunidade de recomeço. Com o crescimento das plataformas de streaming e a busca por produções de alto impacto global, Akira pode finalmente encontrar o ambiente criativo e estratégico ideal para florescer. Mas, por ora, os fãs terão que esperar — de novo.

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