O Spark (agora renomeado para Vivaldi devido à uma disputa pelo uso da marca) é uma grade conquista para a equipe do KDE, já que mostra que além da parte de desenvolvimento, a equipe é capaz também de colocar uma plataforma completa no mercado, estendendo seus domínios ao mundo dos tablets:
O Vivaldi é um tablet com uma tela de 7″, que chega ao mercado por 200 Euros (é provável que tenhamos uma versão internacional por um preço mais baixo, na casa dos 200 dólares), oferecendo como principal vantagem o fato de ser uma plataforma aberta, rodando um sistema Linux com a interface plasma e aplicativos do KDE sobre ele. Este vídeo mostra um pouco sobre o uso da interface:
Ele possui duas portas mini-USB, uma delas operando em modo host, pronta para a conexão de teclados, mouses, pendrives e outros dispositivos (é necessário apenas usar um adaptador simples para obter um conector USB fêmea regular) e outra operando em modo device, para conectar o tablet no PC. Ele possui também uma porta HDMI, o que abre as portas para o uso do tablet também como um mini-desktop, com a conexão de teclado e mouse e uma TV ou monitor.
Na parte de hardware, as especificações são muitos similares às do Nexus S, com um processador ARM Cortex A9 single-core de 1.0 GHz, GPU Mali 400 e 512 MB de RAM (não atualizáveis). Na parte de armazenamento ele possui 4 GB de flash e um slot microSD para espaço adicional. A versão padrão inclui apenas uma interface Wi-Fi, mas é possível adicionar uma conexão 3G plugando um modem externo.
O Opentablets publicou um teardow do Vivaldi, mostrando uma construção simples e de fácil manutenção, com uma placa de baixa miniaturização, que permite substituição dos componentes, espaço dentro da carcaça para uma bateria extra e um slot de expansão (usado pela placa Wi-Fi) que abre as portas para o uso de um modem 3G/4G ou outros dispositivos.
Embora o Vivaldi tenha poucas chances de fazer sucesso fora dos círculos técnicos, ele pode dar origem a outras iniciativas, como ports do sistema para outros modelos de tablets, oferecendo uma opção de distribuição Linux funcional e dando a opção de substituir o SO, como temos nos PCs. Como o projeto é aberto, existe também a possibilidade de outros fabricantes entrarem no páreo, lançando outros tablets com o plasma.