Nem tudo que é antigo vira apenas história, e o mercado de vinil é uma prova viva disso. Embora não sejam mais tão populares quanto antes, eles ainda são procurados por muitas pessoas, e é mais do que uma simples tendência passageira, e sim um fenômeno cultural.
De acordo com a Recording Industry Association of America (RIAA), as vendas de discos de vinil atingiram a marca impressionante de 43 milhões no ano passado, ultrapassando os CDs em 6 milhões e marcando o segundo ano desde 1987 em que isso acontece.
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Venda de vinil vem crescendo cada vez mais
Durante os últimos 17 anos o mercado de vinil experimentou um aumento constante em suas vendas, mostrando o quanto a nostalgia pelo formato físico se torna cada vez mais presente entre os consumidores.
Isso porque um dos motivos para tantas pessoas ainda procurarem o formato do vinil é justamente essa experiência tátil e sensorial, além, claro, de ser considerado um item de colecionador e também remeter a forma como se ouvia música há muitos anos.
Enquanto os CDs e o streaming digital oferecem conveniência, o vinil traz uma conexão mais íntima com a música, desde a arte da capa até o ritual de colocar o disco na vitrola. Além disso, a qualidade sonora do vinil é muitas vezes elogiada por audiófilos, que apreciam a riqueza e a profundidade do som analógico.
É interessante notar que, por ser mais caro que o CD, o vinil gerou muito mais receita no ano passado, totalizando US$ 1,4 bilhão em comparação com os US$ 537 milhões dos CDs. Essa diferença tão grande destaca o valor percebido pelos consumidores no formato vinil e a disposição de pagar mais por essa experiência única.
Mas, claro, o vinil não está sozinho na paisagem musical contemporânea e nem no topo. O streaming continua a ser o líder indiscutível, representando impressionantes 84% da receita musical total, totalizando cerca de US$ 14,4 bilhões.
Indústria da música vem sofrendo mudanças
Ainda assim, a indústria da música vem enfrentando alguns desafios, principalmente nesse atual cenário de evolução rápida. Um exemplo é a chegada cada vez mais marcante da inteligência artificial generativa, que apresenta ameaças potenciais à criatividade e à autenticidade na música, levantando questões sobre distribuição de letras e clones de vozes.
Mas, sejamos francos, muitas das ideias de que a indústria da música vai deixar de existir e que artistas humanos não serão mais necessários, por enquanto, ainda são exageradas. Na maioria das vezes essa inovação tecnológica acaba apenas complementando a expressão artística humana, e não substituindo.
E, se depender da “turma do vinil” isso não será um problema.
Fonte: the verge
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