União Européia considera banir equipamentos 5G da Huawei de todos os países do bloco

União Européia considera banir equipamentos 5G da Huawei de todos os países do bloco

A União Europeia está atualmente ponderando a implementação de uma proibição obrigatória para os países-membros que utilizarem empresas consideradas um risco à segurança em suas redes 5G, incluindo a gigante chinesa Huawei Technologies Co Ltd, conforme reportagem do Financial Times divulgada na última terça-feira.

De acordo com alguns funcionários que fizeram o relato ao jornal, essa medida veio a tona por causa de preocupações por perte de Bruxelas já que alguns governos nacionais parecem estar atrasando algumas ações já impostas sobre esse assunto.

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No ano de 2020, a UE estabeleceu que os países-membros poderiam restringir ou até mesmo excluir fornecedores de 5G considerados de alto risco de partes fundamentais de suas redes de telecomunicações, como é o caso da Huawei no momento. Na época, a União Europeia precisou ainda resistir a uma pressão por parte de Washington para que ela proibisse de forma totalitária todas as empresas de telecomunicações chinesas.

Em uma reunião que aconteceu no final da semana passada, o comissário do mercado interno da UE, Thierry Breton, revelou aos ministros das telecomunicações que só um terço dos países que fazem parte da UE tinham de fato implementado proibições da Huawei em áreas críticas, de acordo com o Financial Times.

Considerando que as orientações estabelecidas em 2020 não alcançaram o nível de uma proibição completa, a União Europeia poderia introduzir agora uma proibição obrigatória para empresas consideradas um risco à segurança, caso países-membros como a Alemanha continuem a adiar medidas nesse sentido, acrescentou o jornal.

É importante destacar que a Alemanha vem analisando a possibilidade de proibir certos componentes fornecidos por empresas chinesas, como a Huawei e a ZTE (000063.SZ), em sua rede de telecomunicações, porém Berlim vem encontrando resistência por parte das operadoras já que a operação é de alto custo.

Ainda assim, essa iniciativa representa um movimento potencialmente significativo para lidar com preocupações de segurança no setor. Até o momento, nem a União Europeia nem a Huawei responderam aos pedidos de comentários sobre o assunto.

Caso o banimento venha mesmo a acontecer, isso pode acabar trazendo a tona novos debates importantes e complicados dentro do bloco já que até mesmo os Estados Unidos, o principal país responsável pelas sanções, vem encontrando problemas em remover equipamentos 5G por não contar com compensação do governo federal.

Fonte: Reuters

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