A Polícia Civil está investigando relatos sobre o uso de drones que estariam sendo utilizados por traficantes para lançar granadas em comunidades da Zona Norte do RJ.
Segundo moradores, devido à rivalidade entre traficantes do Complexo de Israel, dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP), e do Quitungo, controlada pelo Comando Vermelho (CV), drones estariam sendo utilizados para o lançamento de explosivos. Algumas imagens, captadas pelos próprios bandidos, mostram o monitoramento dos alvos antes do disparo.
Imagem dos drone do tráfico lançando granada nos rivais. pic.twitter.com/yx6QDtrQIg
— Axel notícias (@AxelNoticiasRJ) July 9, 2024
Em declaração ao G1, o titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Vinicius Miranda de Moraes, confirmou que uma investigação foi aberta para apurar o caso.
A Polícia Civil solicitou a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) informações se houve algum pedido de autorização para sobrevo de drone naquele espaço aéreo. Numa das ações de disparo da granada com o uso do drone, cinco homens ligados ao tráfico de drogas teriam ficaram feridos com os estilhaços, mas a polícia relata que não encontrou nenhuma vítima em hospitais da região
Casa de uma mulher com 3 crianças foi atingida
Segundo uma moradora, um drone chegou a cair em sua casa. Ela reside na região do Quitungo, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
“Os meninos da Cidade Alta, tá me entendendo? Jogou uma granada aqui dentro da minha casa, em cima do meu terraço. Tenho um filho especial. Tenho três crianças dentro da minha casa, isso é uma covardia”.
Drone utilizado é da marca DJI
O modelo do drone encontrado na comunidade do Quitungo é da marca chinesa DJI, líder na fabricação de drones no mundo. Os traficantes utilizaram a versão DJI Mavic 3, com autonomia de voo de 46 minutos e pode percorrer até 15 km de distância. O preço desse equipamento varia ente R$ 19 e R$ 21 mil.