Suspenso no Brasil desde quarta-feira (26), por determinação da Justiça Federal do Espírito Santo, o Telegram, além de estar completamente inacessível, ou instável em algumas regiões do país, também não está mais disponível para download nas duas principais lojas de apps, App Store, voltado aos dispositivos da Apple, e a Play Store, destinada aos aparelhos com sistema Android.
Ao buscar pelo Telegram na Play Store nos deparamos com a seguinte mensagem: “Procurando pelo Telegram? O app não está disponível”. Na loja da Apple, o aplicativo, presente em 60% dos smartphones dos brasileiros, segundo levantamento da Panorama Mobile Time/Opinion Box, também não aparece mais nos resultados de busca.
Além da suspensão temporária do app, a Justiça Federal do Espírito Santo também determinou multa diária de R$ 1 milhão até que a plataforma entregue os dados solicitados. O impasse entre o app e a Justiça do Espírito Santo gira em torno da entrega de dados relacionados a grupos e usuários no mensageiro que poderiam contribuir com a investigação sobre um ataque ocorrido no ano passado a uma escola em Aracruz, Espirito Santo. 4 pessoas foram mortas e outras 12 ficaram feridas.
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O Telegram cumpriu parcialmente as solicitações da Justiça, ocasionando a suspensão. Ontem (29), em seu canal no Telegram, o cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durol, declarou que o pedido da justiça brasileira, do ponto de vista técnico, é impossível de ser atendido. Assim como consta no despacho sobre o bloqueio, a defesa do app alega que não é possível entregar os dados de um dos dois grupos extremistas solicitados, já que esse grupo foi excluído há mais de 6 meses antes do recebimento do ofício judicial.
O executivo também declarou que em casos em que a lei do país vai contra a missão do aplicativo de garantir “liberdade de expressão e privacidade”, o Telegram precisa deixar esses mercados. Na manhã deste sábado (29), a conta oficial do Telegram Brasil no Twitter soltou o seguinte tweet:
“No Brasil, um tribunal ordenou o bloqueio do Telegram por falhar em fornecer dados tecnologicamente impossíveis de obter. Por isso, você pode ter dificuldades em usar o app. Estamos recorrendo da decisão e defenderemos seu direito à privacidade e liberdade de acesso à informação”
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