Telegram bloqueado: busca por termos como VPN e Proxy disparam no Brasil

Telegram bloqueado: busca por termos como VPN e Proxy disparam no Brasil

O Telegram é um aplicativo mensageiro usado por muitos brasileiros e desde o seu banimento temporário que aconteceu ontem aqui no país após descumprimento de ordem judicial, pelo visto as pessoas já estão procurando formas de tentar burlar a situação.

Houve um aumento significativo das buscas de alguns termos, principalmente VPN e Proxy na busca do Google, que começou principalmente ontem a noite e se mantém em alta hoje.

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Em uma pesquisa no Google Trends, é possível notar que as buscas pelas palavras VPN e Proxy começaram a subir ontem (26) já no final da noite, ficando em alta durante a madrugada. Hoje pela manhã elas voltaram a subir e a tendência é que continuem em alta pelo menos até o final do dia.

VPN telegram

Ao conferir as buscas por pesquisas relacionadas, o Google Trends revela termos como “vpn para telegram”, “telegram proxy”, “telegram bloqueado”, “web telegram” e “como usar vpn no telegram”, todas com sinalização de aumento repentino.

De acordo com o Surfshark, desde as 18 horas de ontem (26), as buscas por “Telegram” e por “VPN” aumentaram 420% e 260% respectivamente.

VPN é uma rede virtual privada onde é possível usar um servidor de outra região. Ou seja, é como simular um acesso de outro país, camuflando a localização atual de quem usa. Isso faz com que tenha acesso a conteúdos como se estivesse usando a internet a partir desse outro país.

A maioria dos serviços de VPN são pagos, mas é possível ter acesso a testes ou até mesmo algumas versões gratuitas mais limitadas. Mas é preciso ter muito cuidado ao escolher o serviço, principalmente para evitar falhas de segurança.

Telegram suspenso no Brasil

Telegram

Para relembrar o que aconteceu com o Telegram, o aplicativo foi suspenso no Brasil por tempo indeterminado pelo juiz Wellington Lopes da Silva, da Justiça Federal do Espírito Santo ainda ontem, na quarta-feira, dia 26.

Isso aconteceu porque a empresa não forneceu as informações sobre todos os integrantes de grupos neonazistas formados na plataforma, descumprindo uma ordem judicial. Com isso, houve ainda a aplicação de uma multa de R$ 1 milhão por dia de atraso até que a ordem seja cumprida de forma total.

A investigação procura por informações dos participantes dos grupos principalmente porque um deles, um adolescente de 16 anos que fazia parte desses fóruns, assassinou 4 pessoas em um ataque a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, em novembro de 2022.

O juiz disse em despacho que “Ao descumprir a ordem judicial, se limitou a negar o fornecimento dos dados requisitados sob a alegação genérica de que ‘o grupo [de conteúdo antissemita] já foi deletado’. “Assim, ante a recalcitrância do Telegram em cumprir de modo integral o que lhe foi ordenado judicialmente (…) impõe-se a aplicação de sanções”.

Lembrando que não é a primeira vez que isso acontece aqui no Brasil. O mensageiro já tinha sido suspenso no ano passado por ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pela falta de atitude para combater as informações falsas que estavam sendo repassadas nos grupos da plataforma.

Fonte: Google Trends

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