ONU propõe taxação sobre mineração de criptomoedas

ONU propõe taxação sobre mineração de criptomoedas

A Organização das Nações Unidas (ONU) está avaliando uma proposta que busca estabelecer uma taxa sobre o consumo de energia utilizado na mineração de criptomoedas. Baseada em um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), a medida visa compensar os impactos ambientais gerados por essa prática.

Uma taxa para mitigar danos ambientais

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O imposto sugerido seria de US$ 0,045 por kWh utilizado na mineração de criptomoedas. De acordo com estimativas da ONU, essa cobrança poderia gerar cerca de US$ 5,2 bilhões anuais, valor suficiente para compensar os danos ambientais associados à atividade.

Em termos de redução de emissões de carbono, o estudo aponta uma queda de 100 milhões de toneladas anuais, equivalente às emissões totais da Bélgica.

Proposta do FMI: custos mais altos para mineradores

A ideia foi apresentada pelo FMI, que em agosto sugeriu que a implementação dessa taxa levaria a indústria de mineração a reduzir suas emissões, alinhando-se às metas climáticas globais. Segundo o Fundo, a tributação aumentaria em 85% o custo médio da eletricidade para os mineradores, desincentivando práticas excessivamente poluentes.

Consumo energético da mineração em números

Um estudo da Universidade de Cambridge revelou que a mineração global de criptomoedas consome aproximadamente 181,5 TWh por ano, um valor superior ao consumo anual de países como Polônia e Egito.

O FMI também destacou o impacto individual da mineração: uma única transação de Bitcoin consome a mesma quantidade de eletricidade que uma pessoa média no Paquistão utiliza em três anos.

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Países que já restringem a mineração

Alguns países já adotaram medidas extremas contra a prática, banindo-a completamente. Entre eles estão China, Kosovo e Irã, que justificam as proibições tanto pela questão climática quanto pela falta de controle governamental sobre as criptomoedas.

Além do impacto ambiental, analistas apontam que a resistência a essas moedas digitais também está relacionada à ausência de regulação estatal, dificultando o monitoramento de transações financeiras.

Discussões ainda em andamento

Embora a proposta da ONU ainda esteja em fase inicial, a organização planeja apresentar uma versão mais estruturada durante a próxima grande cúpula climática, que será realizada no Brasil, em novembro de 2025.

A decisão final, no entanto, dependerá de muitos desdobramentos e discussões entre as nações membros.

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