O Spotify irá adotar uma postura mais rígida com os usuários que utilizam contas gratuitas. O serviço sueco detém basicamente duas fontes de rendas com a plataforma: o valor arrecadado pelas contas premium individuais, que custa R$ 16,90 no Brasil, o plano Família – para até 6 pessoas – que custa R$ 26,90, e o que vem através de anúncios que são repassados para os usuários que utilizam a versão gratuita do serviço. De acordo com uma atualização dos termos e serviços da plataforma contas gratuitas que utilizam qualquer meio para bloquear os anúncios serão excluídas.
A medida passa a valer a partir do dia 1º de março, quando entram em vigor os novos termos e serviços do Spotify. De acordo com a Reuters cerca de 2 milhões de usuários com contas gratuitas estavam burlando anúncios do Spotify em 2018, o que equivale a 2% da base de usuários gratuitos da plataforma. O Spotify desativou temporariamente as contas e notificou os espertinho por e-mail. A base de usuários gratuitos correspondem por 12% da receita do Spotify, enquanto os premium representam 88%.
O Spotify fechou 2018 com 207 milhões de usuários ativos mensais. A divisão entre os que pagam e os que utilizam o serviço de forma gratuita é a seguinte:
- 116 milhões de usuários gratuitos (em 2017 eram 109 milhões)
- 96 milhões de usuários premium (em 2017 eram 87 milhões)
O gráfico abaixo da empresa de consultoria Statista mostram como a liderança do Spotify em relação a base de usuários premium do Apple Music vem se tornando cada vez mais significativa.
Outro detalhe curioso é que em 10 anos de mercado o Spotify deu lucro apenas no ano passado. No quarto trimestre de 2018 a companhia registrou US$ 1,7 bilhão de receita e lucro líquido no trimestre de US$ 107 milhões.