A Sony anunciou o fim da produção de Blu-rays graváveis no Japão, encerrando uma era de mídias físicas que começou há mais de duas décadas. A decisão, que também afeta MiniDiscs, MD-Data e fitas MiniDV, foi comunicada pela divisão Sony Storage Media Solutions e entra em vigor a partir de fevereiro. A empresa confirmou que não há planos para lançar modelos sucessores, marcando o fim definitivo desses formatos.
O que isso significa?
Vale destacar que a decisão não afeta os Blu-rays pré-gravados com filmes, séries ou outros conteúdos, que continuarão sendo produzidos. A mudança impacta apenas os discos graváveis, usados por consumidores para armazenar dados em PCs ou gravar programas em DVRs.
A Sony já havia sinalizado o fim dessas mídias em 2023, quando informou ao site japonês AVWatch que encerraria gradualmente o desenvolvimento e a produção de “mídias ópticas graváveis”.
O legado do Blu-ray e do MiniDisc
A Sony foi uma das pioneiras no desenvolvimento do Blu-ray. Em 2000, a empresa apresentou os primeiros protótipos do formato e, em 2006, lançou seus primeiros gravadores de Blu-ray. O formato se tornou um padrão para filmes em alta definição, mas perdeu espaço com o avanço do streaming e das mídias digitais.
O MiniDisc, por sua vez, foi lançado em 1992 como uma alternativa aos frágeis cassetes e aos CDs pouco práticos. Apesar de não ter alcançado o mesmo sucesso que outros formatos, o MiniDisc conquistou uma base de fãs fiéis, especialmente entre entusiastas de áudio. Com o fim da produção, esses usuários podem enfrentar dificuldades para encontrar mídias virgens.
O declínio das mídias físicas
A decisão da Sony reflete uma tendência global de declínio das mídias físicas. Outras empresas, como LG, Samsung e Oppo, também reduziram ou encerraram a produção de players de Blu-ray nos últimos anos. A popularidade do streaming e o aumento da capacidade de armazenamento digital têm tornado as mídias físicas cada vez menos relevantes para o consumidor comum.