Indo na contramão do posicionamento da AliExpress, que, em nota enviada ao Hardware.com.br, declarou que o fim da isenção poderá impactar de forma muito negativa a população brasileira, a Shopee disse que a medida não impactará os consumidores que compram de varejistas nacionais, o que representa 90% de suas vendas no Brasil.
O posicionamento da AliExpress e Shopee estão em meio aos desdobramentos sobre a decisão da Câmara dos Deputados na aprovação do fim da isenção para compras internacionais de até U$ 50, estabelecendo uma alíquota de 20%. O texto seguirá para o Senado e ainda depende da sanção do presidente Lula.
Shopee acredita que fim da isenção trará benefícios para o varejo nacional
Além de adotar um discurso favorável ao fim da isenção, considerado o baixo impacto que isso pode representar em suas vendas, a Shopee também declarou que quer ajudar a desenvolver cada vez mais o empreendedorismo brasileiro e o ecossistema de comércio eletrônico no país. “Acreditamos que a iniciativa trará muitos benefícios para o marketplace”.
Shein vê o fim da isenção como um retrocesso histórico
A chinesa Shein segue a mesma linha do que foi dito pela AliExpress, reforçando o quão danoso a decisão, caso seja convertida em lei, pode ser para o consumidor.
A loja diz que. caso aconteça o fim da isenção, a carga tributária que recairá sob o consumidor será de 44,5%. Com a isenção, se mantinha em torno de 20,82%, devido à cobrança do ICMS, de 17%. Como destaca a loja, um vestido que o consumidor brasileiro pagava R$ 81,99 no site, agora custará mais de R$ 98.
A empresa também chamou de retrocesso o fim do regime tributário que há mais de 40 anos garantia a isenção de imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50.
O deputado a relator Átila Lira (PP-PI) diz que a isenção de impostos que tem preocupado a indústria nacional e o varejo, e tem colocado em risco empregos e diversos empreendimentos no país.
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