O setor de telecomunicações investiu R$ 15,9 bilhões no primeiro semestre de 2023, segundo dados divulgados pela Conexis Brasil Digital. No mesmo período, a receita bruta do setor chegou a R$ 141,9 bilhões, em valores atualizados.
O investimento no primeiro semestre representa uma queda real, já descontando os efeitos da inflação, de 8,6% em relação ao investido no primeiro semestre de 2022, quando foram investidos R$ 17,4 bilhões. “Essa queda está ligada a dois fatores: o fim do processo de aquisição da rede móvel da Oi por Claro, TIM e Vivo e o pico de investimento para a instalação do 5G nas capitais, o que aconteceu no primeiro semestre do ano passado. Além disso, as empresas também anteciparam os investimentos em outras cidades, além das exigidas pela Anatel, impulsionando os investimentos no ano passado”, explicou o presidente-executivo da Conexis, Marcos Ferrari.
“A partir de agora os investimentos da nova tecnologia seguem a demanda do mercado até que se aproxime as próximas etapas de obrigações em 2025 e 2026”, concluiu. Durante todo o ano de 2022 o setor investiu R$ 38,1 bilhões.
A receita bruta de R$ 141,9 bilhões representa um aumento de 3,7% em valores reais em relação ao primeiro semestre de 2022. O crescimento da receita com aparelhos por causa da migração da tecnologia 5G foi um dos pontos que ajudou na recuperação da receita do setor.
A indústria e a banda larga fixa estão ganhando espaço na geração de receita para o setor, com atenção especial para a banda larga fixa, que cresceu sua participação em 10 pontos percentuais desde 2019. Por outro lado, a TV por assinatura e a telefonia fixa têm reduzido cada vez mais sua contribuição por causada perda de atratividade de seus
serviços.
O setor fechou o primeiro semestre de 2023 empregando diretamente 516,6 mil trabalhadores. Comparado com o mesmo período de 2022 houve uma redução de 1,71% no número de empregos diretos. Ao todo, o Brasil fechou os seis primeiros meses de 2023 com 337 milhões de acessos em todos os serviços, considerando telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura. Desse total, 252 milhões são acessos de telefonia móvel.
O país fechou semestre com 90,5 mil antenas, uma redução de 9% em relação ao primeiro semestre de 2022. Essa queda deu-se devido ao processo de incorporação da rede móvel da Oi pela Claro, Tim e Vivo, o que gera uma otimização das infraestruturas.
Deixe seu comentário