Após várias especulações sobre o fim do Galaxy Note, a Samsung anunciou oficialmente o encerramento da linha de smartphones.
Anteriormente, a empresa sul-coreana havia negado a descontinuação da linha Galaxy Note, com o CEO da empresa afirmando que haveria um lançamento ainda neste ano.
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No entanto, agora, os planos da Samsung mudaram: o foco é encerrar a linha Galaxy Note e expandir a S Pen aos outros aparelhos, sobretudo a linha Galaxy S e os celulares dobráveis Galaxy Z.
A intenção da Samsung é implementar os recursos da linha Galaxy Note em aparelhos high-end para bater de frente com a Apple.
O Galaxy S22 Ultra, revelado hoje (9) pela Samsung junto dos outros modelos da linha, contará com a S Pen, assim como a versão anterior do modelo. Portanto, um dos principais recursos do Galaxy Note estarão na linha S22, evidenciando os rumores anteriores de que a empresa não lançaria outro Note.
Além disso, a Samsung aposta nos celulares dobráveis para preencher o vazio deixado pela linha Galaxy Note. Aliás, os celulares dobráveis, os quais a indústria considerava uma aposta arriscada no sentindo econômico, deram bons resultados à Samsung.
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“No curto prazo, nossa operação será uma estratégia de duas etapas: lançar os modelos flagships da linha S na primeira metade deste ano e, em seguida, na segunda metade, lançar uma linha de celulares dobráveis”, disse o chefe da divisão mobile da Samsung, TM Roh.
De acordo com Roh, essa estratégia continuará em voga até haver outro grande avanço tecnológico, algo que a empresa trabalha para acontecer. Segundo o diretor da divisão mobile, a demanda dos lojistas pela nova linha Galaxy S22 multiplicou, o que ele atribui ao modelo Ultra.
Galaxy Note será integrado a outros aparelhos da Samsung
A Samsung, portanto, mira no segmento premium como sua principal fonte de crescimento, planejando expandir os recursos da linha Note em todo ecossistema Galaxy, desde os celulares aos tablets e notebooks.
Quanto aos smartphones dobráveis, TM Roh afirmou que a Samsung irá expandir a categoria adicionando mais dois modelos nos próximos três anos.
“Devido à pandemia, a indústria de celulares enfrentou mudanças que, anteriormente, ocorreriam em, no mínimo, uma década. Estamos entrando na segunda fase de crescimento de mercado e há uma crescente demanda por modelos high-end, pois os clientes estão utilizando os smartphones por mais tempo e para mais funções do que antes”, afirmou Roh.
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De fato, a pandemia foi um fator preponderante para tirar o mercado de smartphones da estagnação. O crescimento se estabilizou e os ciclos de reposição estão cada vez maiores.
Desse modo, a Samsung percebeu que as pessoas estão mais dispostas a adquirir celulares com melhores recursos para games, vídeo-chamadas e outras funções que se tornaram parte do trabalho e lazer do ser humano.
No ano passado, em uma reorganização corporativa, a Samsung criou uma divisão englobando o setor de celulares e o de eletrônicos. O objetivo dessa nova divisão é um ecossistema de produtos mais coeso.
Alinhando as funcionalidades dos dispositivos das duas divisões, a Samsung fortalece sua posição no mercado, mirando em rivais como a Xiaomi e a Oppo, bem como a Amazon, que integrou a Alexa em quase todos seus dispositivos.
Por fim, Roh afirmou que a Samsung investe em inteligência artificial e realidade aumentada para assegurar uma posição de liderança no desenvolvimento do metaverso.
Fonte: Bloomberg