O icônico reprodutor de MP3 Winamp, que marcou época nos anos 90 e 2000, retorna ao cenário tecnológico como uma plataforma de streaming e apoio a artistas independentes. A iniciativa busca conquistar uma nova geração de usuários e trazer inovações para os mais nostálgicos.
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O novo Winamp
Lançado em 1997, o Winamp dominou o mercado de players de música no Windows por anos. Em 2018, após um período de declínio, a plataforma foi relançada e continuou a receber atualizações. Atualmente, o Winamp tradicional conta com 83 milhões de usuários, com o Brasil representando a maior parcela, com 10,3%.
O objetivo da nova versão online do Winamp é alcançar 250 milhões de usuários globalmente. A plataforma foi completamente reformulada e, diferente do player clássico, não conta com as famosas skins personalizáveis e o equalizador. A proposta é oferecer um espaço para artistas e criadores de conteúdo se conectarem com seus fãs e monetizar suas produções.
Os usuários podem pesquisar artistas ou criadores de conteúdo para se conectar e, em muitos casos, é necessário pagar uma assinatura mensal para acessar músicas ou podcasts. Alguns artistas e podcasts oferecem acesso gratuito ou parcial ao seu conteúdo, enquanto outros cobram valores a partir de 1 dólar ou euro por mês para acesso completo.
A seção Fanzone permite que artistas e criadores disponibilizem recursos extras aos apoiadores, como lançamentos antecipados e até NFTs. Em contrapartida, o Winamp retém 15% das assinaturas e cobra 55 dólares anuais de cada artista ou produtor após o primeiro ano na plataforma.
Planos futuros para o Winamp
A nova versão do Winamp enfrenta desafios para se estabelecer em um mercado dominado por plataformas como Spotify, Apple Music e Deezer. Inicialmente, a plataforma busca apoiar o cenário indie e independente, sem a presença de grandes nomes do cenário musical.
No terceiro trimestre de 2023, o Llama Group, responsável pelo Winamp, planeja lançar aplicativos para iOS e Android, além de clientes para Windows e Mac no final do ano. A integração com serviços como o Spotify também está nos planos da empresa.
A longo prazo, o Winamp pretende ser um centro para todos os tipos de fontes de áudio. Além da reprodução de áudio local, a empresa planeja oferecer suporte para audiolivros, embora ainda não tenha feito acordos com proprietários de catálogos.
A versão antiga do Winamp não desaparecerá e continuará a receber atualizações. Seu maior mercado é o Brasil, seguido pela Índia, Rússia e Estados Unidos. O rádio pela internet é o recurso mais utilizado, e a nova versão incluirá estações de rádio, além de outras que obtém por meio de diversos bancos de dados.
Fonte: Fast Company
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